Roman Abramovich convidado a ajudar nas negociações entre Ucrânia e Rússia
O russo, que é dono do Chelsea, foi convidado pelo lado ucraniano para ajudar nas negociações com o Kremlin.
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Roman Abramovich, proprietário do clube de futebol londrino Chelsea FC, foi convidado pelo Governo ucraniano a ajudar nas negociações com o Kremlin, tendo em vista uma solução pacífica para a guerra iniciada pela Federação Russa.
Uma porta-voz do multimilionário russo – que anunciou recentemente a cedência da liderança e da gestão do dia-a-dia do Chelsea à fundação do clube e que é há muito tempo apontado como alguém próximo de Vladimir Putin – confirmou que este “foi contactado pelo lado ucraniano para ajudar a concretizar uma solução pacífica [para a guerra] e que, desde essa altura, tem estado a tentar ajudar”.
“Tendo em conta aquilo que está em jogo, gostaríamos de pedir a vossa compreensão para o facto de não termos comentado nem a situação em si, nem o seu envolvimento”, acrescentou a porta-voz, citada pela agência Reuters.
Segundo o jornal israelita Jerusalem Post, Abramovich encontra-se mesmo na Bielorrússia, onde arrancaram nesta segunda-feira as primeiras negociações entre representantes russos e ucranianos, para se tentar chegar a um cessar-fogo. Esta informação não foi, no entanto, confirmada pelo porta-voz, nem por outros meios de comunicação social.
O dono do Chelsea adquiriu nacionalidade portuguesa há pouco tempo, como judeu sefardita, ao abrigo da Lei da Nacionalidade.
Antigo político, Abramovich fez uma enorme fortuna depois da desintegração da União Soviética, em 1991, tornando-se num dos empresários mais ricos e influentes da Rússia, dentro e fora do país. Sob a presidência russa de Boris Yeltsin, Abramovich adquiriu participações na petrolífera Sibneft, na empresa de alumínio Rusal e na companhia aérea Aeroloft, posições que vendeu mais tarde.
Já sob a presidência de Vladimir Putin, serviu entre 2000 e 2008 como governador da região árctica de Chukotka, no extremo este do território russo.