Portugal vai enviar armas para a Ucrânia
Espingardas G3, coletes, capacetes e granadas são alguns dos equipamentos enviados para o exército ucraniano.
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Portugal vai enviar equipamento militar para a Ucrânia, nomeadamente espingardas G3, coletes, capacetes e granadas, informou no sábado à noite o Ministério da Defesa Nacional.
Numa curta nota enviada às redacções sobre o apoio à Ucrânia, o ministério refere que, “a pedido das autoridades ucranianas, Portugal irá disponibilizar equipamento militar”.
Da lista do material fazem parte “coletes, capacetes, óculos de visão nocturna, granadas e munições de diferentes calibres, rádios portáteis completos, repetidores analógicos e espingardas automáticas G3”, enumera o Ministério da Defesa Nacional.
A Bélgica, os Países Baixos, a França e a República Checa, entre outros, também anunciaram entregas de armas e combustível às forças ucranianas, respondendo aos pedidos de ajuda de Kiev.
Berlim anunciou que a Alemanha tinha decidido entregar “o mais rapidamente possível” à Ucrânia mil lança-rockets e 500 mísseis terra-ar do tipo Stinger para ajudar o país a defender-se da invasão militar da Rússia, uma decisão que foi saudada pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O Governo alemão anunciou também o envio para a Ucrânia de 14 veículos blindados, bem como de dez mil toneladas de combustível, que serão entregues “via Polónia”.
"A defesa europeia está em acção para apoiar a Ucrânia, (nós) facilitaremos a entrega de ajuda militar”, disse na rede social Twitter Charles Michel, presidente do Conselho Europeu (órgão que representa os Estados-membros).
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.