Portugal não falha na recepção aos Países Baixos

A selecção portuguesa de râguebi venceu, por 59-3, conquistando o ponto de bónus ofensivo e continua na luta por um lugar no Mundial 2023.

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O capitão português Tomás Appleton nas Caldas da Raínha FPR

Sem surpresa, Portugal derrotou neste sábado os Países Baixos (59-3) com a conquista do ponto de bónus ofensivo - quatro ou mais ensaios marcados - e continua na luta por um lugar no Mundial 2023. Nas Caldas da Rainha, na 3.ª jornada do Rugby Europe Championship (REC) 2022, competição que serve de segunda volta da fase de apuramento europeia para o Mundial da modalidade, a selecção portuguesa marcou nove ensaios, garantindo uma vitória, por 59-3.

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Sem surpresa, Portugal derrotou neste sábado os Países Baixos (59-3) com a conquista do ponto de bónus ofensivo - quatro ou mais ensaios marcados - e continua na luta por um lugar no Mundial 2023. Nas Caldas da Rainha, na 3.ª jornada do Rugby Europe Championship (REC) 2022, competição que serve de segunda volta da fase de apuramento europeia para o Mundial da modalidade, a selecção portuguesa marcou nove ensaios, garantindo uma vitória, por 59-3.

Depois de dar um passo em frente (empate na Geórgia) e outro atrás (derrota na Roménia) nas duas primeiras jornadas do REC 2022, a recepção aos Países Baixos nas Caldas da Rainha era, em teoria, o jogo mais acessível de Portugal na competição. Na prática, a partida acabou por ser um duelo onde a supremacia portuguesa nunca esteve em causa.

Gerindo as suas opções - Portugal terá dentro de duas semanas um jogo decisivo em Espanha -, o seleccionador português Patrice Lagisquet não teve Pedro Lucas (testou positivo à covid-19) e abdicou de alguns dos profissionais que alinham em França - Samuel Marques, Vincent Pinto, Lionel Campergue, entre outros -, mas a diferença de qualidade entre as duas selecções - os Países Baixos perderam os oito jogos que disputaram no REC 2021 e 2022 – ficou expressa no marcador.

Apesar de ter começado o jogo praticamente a perder (penalidade para os Países Baixos aos 2’), os “lobos” tiveram o domínio territorial durante quase toda a partida e a resistência dos neerlandeses durou 15 minutos: João Belo marcou de forma rápida uma falta e fez o primeiro ensaio português.

A partir daí, a dúvida estava em saber quanto tempo Portugal precisaria para chegar ao ambicionado quarto ensaio, e a meta necessária para o ponto de bónus ofensivo foi alcançado ainda na primeira parte: com ensaios de Duarte Diniz (24’), Pedro Bettencourt (32’) e Rafael Simões (39’), a selecção portuguesa chegou ao intervalo a ganhar, por 26-3.

Sem a pressão do seu lado, Portugal voltou para os últimos 40 minutos com o mesmo ritmo e precisou de 116 segundos para ver Rafael Simões a marcar o segundo ensaio na partida. Com o destino do jogo decidido, ficava a faltar qual seria o desnível final entre as duas selecções e, com mais quatro ensaios dos “lobos” (Storti, Rodrigo Marta, Pedro Bettencourt e Dany Antunes), Portugal fechou a contagem com uns contundentes 59-3.

Garantido o objectivo de derrotar os Países Baixos conquistando o ponto de bónus ofensivo, Portugal fica à espera do que acontecerá neste domingo em Madrid, onde vão estar frente a frente os outros dois adversários na luta pelo 2.º (apuramento directo) e o 3.º lugar (repescagem) no apuramento para o Mundial 2023 – a Geórgia tem a 1.ª posição praticamente garantida.

No entanto, a actual guerra na Ucrânia pode ter influência nas contas da luta pelo Mundial da França. A Rússia, que é uma das equipas que participa no REC 2021 e 2022, viu o seu jogo neste sábado na Geórgia adiado, e, na, próxima semana, deverá haver por parte da Rugby Europe uma decisão sobre como será gerida a situação russa.

Se o organismo que tem a tutela do rugby europeu decidir excluir a Rússia e anular todos os jogos dos “ursos” na fase de qualificação, o grande beneficiado será a Roménia: tirando os Países Baixos, os romenos foram os únicos que perderam contra os russos.