Tara Clerkin Trio: uma estreia tão tímida como especial

Não se viu um produto acabado na Galeria Zé dos Bois, onde o promissor trio de Bristol deu o seu primeiro concerto em Portugal. Viu-se uma banda que está a emergir à frente dos nossos olhos — e que tem uma margem de progressão considerável.

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Vera Marmelo

Há algo que entusiasma sobremaneira quem gosta obsessivamente de música e esse algo é descobrir (e, idealmente, ver em concerto) uma banda antes de ela “dar o salto”, como se costuma dizer. Não sabemos quão mediático um grupo como o experimental-mas-minimamente-acessível Tara Clerkin Trio — Tara Clerkin (voz e clarinete), Sunny-Joe Paradiso (bateria) e Patrick Bateman (teclas) — poderá vir a ser no futuro, mas são muitos os degraus à frente de uma banda que, pertencendo ainda ao underground, não precisou de muito tempo para se afirmar como uma das muitas forças da actual cena jazz britânica (o que é louvável, tendo em conta a pujança desse circuito e o facto de os três músicos ainda não serem — ou, no mínimo, não se considerarem — músicos profissionais).

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