1. Na madrugada de 24 de Fevereiro de 2022, a Guerra Fria regressou da pior maneira: foi trazida pela Rússia com uma guerra na Europa. O que hoje vemos é uma espécie de reatar violento do processo de dissolução da União Soviética. No final de 1991, a generalidade do mundo — e em particular a Europa — assistiu com um misto de surpresa, satisfação e alívio ao final da União Soviética, sobretudo pela forma rápida e pacífica como ocorreu. Mikhail Gorbatchov ficou para a história como o Presidente soviético que permitiu esse final pacífico. Sabemos também que para muitos russos a imagem que ficou é outra, de fraqueza e de humilhação. Vladimir Putin, que instrumentaliza esses sentimentos, quer ficar para a história como aquele que reverteu esses acontecimentos. Fá-lo através de um acto de vingança que ultrapassa tudo o que poderia ser considerado razoável face a legítimos receios de segurança russos.
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1. Na madrugada de 24 de Fevereiro de 2022, a Guerra Fria regressou da pior maneira: foi trazida pela Rússia com uma guerra na Europa. O que hoje vemos é uma espécie de reatar violento do processo de dissolução da União Soviética. No final de 1991, a generalidade do mundo — e em particular a Europa — assistiu com um misto de surpresa, satisfação e alívio ao final da União Soviética, sobretudo pela forma rápida e pacífica como ocorreu. Mikhail Gorbatchov ficou para a história como o Presidente soviético que permitiu esse final pacífico. Sabemos também que para muitos russos a imagem que ficou é outra, de fraqueza e de humilhação. Vladimir Putin, que instrumentaliza esses sentimentos, quer ficar para a história como aquele que reverteu esses acontecimentos. Fá-lo através de um acto de vingança que ultrapassa tudo o que poderia ser considerado razoável face a legítimos receios de segurança russos.