1. Não há qualquer dúvida que estamos a assistir a uma vingança da Rússia. Há uma vontade de reverter aquilo que para muitos russos foram sucessivas humilhações vindas do Ocidente, aproveitando-se da sua vulnerabilidade após o final da Guerra Fria. Não é um acaso surgir nesta altura. Estamos num mundo muito diferente daquele que marcou a última década do século XX, onde a hiperpotência norte-americana, na expressão do ministro dos Negócios Estrangeiros francês da época, Hubert Védrine, não tinha rival à altura. Hoje a Rússia, tal como a China, percepciona os EUA numa trajectória de declínio de poder. Vê assim oportunidades para reconfigurar o mundo exterior à sua própria maneira, especialmente na área geopolítica envolvente que considera crítica para a sua segurança.
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1. Não há qualquer dúvida que estamos a assistir a uma vingança da Rússia. Há uma vontade de reverter aquilo que para muitos russos foram sucessivas humilhações vindas do Ocidente, aproveitando-se da sua vulnerabilidade após o final da Guerra Fria. Não é um acaso surgir nesta altura. Estamos num mundo muito diferente daquele que marcou a última década do século XX, onde a hiperpotência norte-americana, na expressão do ministro dos Negócios Estrangeiros francês da época, Hubert Védrine, não tinha rival à altura. Hoje a Rússia, tal como a China, percepciona os EUA numa trajectória de declínio de poder. Vê assim oportunidades para reconfigurar o mundo exterior à sua própria maneira, especialmente na área geopolítica envolvente que considera crítica para a sua segurança.