Queijos Beira Baixa, Serra da Estrela e Rabaçal: estrelas nas mesas de Portugal, atracções turísticas no Centro
Uma nova rota vai interligar queijos, produtores e muitas visitas às pastagens, quintas e queijarias. Deverá estar pronta a servir a tempo do Verão.
Uma rota turística que permite experimentar os queijos de Denominação de Origem Protegida (DOP) da região Centro e visitar pastagens e queijarias deverá estar a funcionar no início do próximo Verão.
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Uma rota turística que permite experimentar os queijos de Denominação de Origem Protegida (DOP) da região Centro e visitar pastagens e queijarias deverá estar a funcionar no início do próximo Verão.
“O objectivo é valorizar um produto de excelência, que tem elevada procura”, justificou o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo, esta terça-feira, no final de uma reunião dos promotores do projecto.
Segundo o autarca, serão contactados todos os produtores dos queijos DOP da região Centro, nomeadamente Beira Baixa, Serra da Estrela e Rabaçal, envolvendo os 36 municípios onde são produzidos. “O compromisso é contactar todos os produtores de DOP e ganhá-los para este prometo”, frisou aos jornalistas.
José Francisco Rolo disse que, apesar das preocupações sentidas devido à seca, os participantes na reunião de hoje estiveram “imbuídos de um espírito: valorizar um sector muito importante que são os queijos de Denominação de Origem Protegida da região Centro”.
Para isso, serão concertadas duas estratégias, concretamente “uma protagonizada pela InovCluster, no âmbito da sua rota turística e gastronómica dos queijos da região Centro”, e outra da RUDE – Associação de Desenvolvimento Rural, com a sua intervenção “no âmbito da valorização dos queijos de Portugal”, explicou.
José Francisco Rolo avançou que a rota permitirá aos visitantes irem “às pastagens, às queijarias, comprar o produto, contactar com as quintas, com os pastores e com os queijeiros”. O projecto pretende “valorizar a actividade turística, aumentar o tempo de permanência dos turistas na região, em suma, gerar valor acrescentado no território a partir de um produto de excelência”, sublinhou.
O autarca salientou que se trata de um projecto de convergência regional, que junta atores ligados ao desenvolvimento do mundo rural, à inovação e às tecnologias alimentares e as comunidades intermunicipais.
Na sua opinião, a produção de queijo de DOP “precisa de ser acarinhada, estimulada”, e os pastores e as queijeiras devem transformar-se em exemplos “da portugalidade com valor”, que atrai não só os portugueses, mas também turísticas de outros países, como Espanha e França.
No que respeita à seca, José Francisco Rolo disse que “estão a ser estruturadas medidas quer com a tutela, quer com as organizações sectoriais, para apoiar os produtores, nomeadamente ao nível da alimentação dos animais e acautelar que haja disponibilidade de água nas explorações agro-pecuárias”.