Se algum líder europeu voltar a dizer que ainda há espaço para a diplomacia, talvez seja melhor reler a “lição de história” que Vladimir Putin prenunciou ba segunda-feira à noite, directamente do Kremlin. Olaf Scholz e Emmanuel Macron tentaram até ao limite de um compreensível voluntarismo uma negociação diplomática capaz de dissuadir as suas piores intenções. A “lição de história” de Putin esteve constantemente presente em cada encontro com os líderes ocidentais que se deslocaram a Moscovo e em cada telefonema. Não é apenas sobre a Ucrânia, cuja existência voltou a negar e a ameaçar. É uma “lição” sobre objectivos muito mais vastos: desfazer a ordem europeia que nasceu depois da queda do Muro e da implosão da União Soviética. Ou seja, desafiar abertamente a integração na NATO dos países que foram parte da URSS ou estiveram sob a alçada do império soviético.
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Se algum líder europeu voltar a dizer que ainda há espaço para a diplomacia, talvez seja melhor reler a “lição de história” que Vladimir Putin prenunciou ba segunda-feira à noite, directamente do Kremlin. Olaf Scholz e Emmanuel Macron tentaram até ao limite de um compreensível voluntarismo uma negociação diplomática capaz de dissuadir as suas piores intenções. A “lição de história” de Putin esteve constantemente presente em cada encontro com os líderes ocidentais que se deslocaram a Moscovo e em cada telefonema. Não é apenas sobre a Ucrânia, cuja existência voltou a negar e a ameaçar. É uma “lição” sobre objectivos muito mais vastos: desfazer a ordem europeia que nasceu depois da queda do Muro e da implosão da União Soviética. Ou seja, desafiar abertamente a integração na NATO dos países que foram parte da URSS ou estiveram sob a alçada do império soviético.