“Bem-vindo de volta mundo”: Austrália reabriu em festa ao turismo quase dois anos depois
A partir de agora, a Austrália abre-se a quase todos os viajantes: os que estiverem vacinados. Praticamente encerrado desde Março de 2020, o país recebeu esta segunda-feira centenas de turistas com direito a um welcome muito especial, entre festa e presentes.
Esta segunda-feira, a Austrália reabriu as suas fronteiras aos viajantes vacinados contra o coronavírus, após quase dois anos de encerramento devido às restrições da pandemia, permitindo a chegada de muitos turistas e o reencontro de centenas de pessoas com familiares e amigos.
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Esta segunda-feira, a Austrália reabriu as suas fronteiras aos viajantes vacinados contra o coronavírus, após quase dois anos de encerramento devido às restrições da pandemia, permitindo a chegada de muitos turistas e o reencontro de centenas de pessoas com familiares e amigos.
Mais de 50 voos internacionais foram chegando ao país ao longo do dia, incluindo 27 a Sydney, a maior cidade do país, à medida que os sectores do turismo procuram reerguer-se após terem sido duramente atingidos pelas restrições impostas por causa da covid-19.
“É um dia muito emocionante, um dia pelo qual há muito anseio, desde o momento em que fechei pela primeira vez a fronteira logo no início da pandemia”, disse o primeiro-ministro Scott Morrison aos repórteres no estado insular da Tasmânia, que depende fortemente do turismo.
Depois de afastados durante meses dos seus familiares, houve muitas reuniões emocionais, caso de Cindy Moss, que viajou do estado norte-americano do Kentucky para ver a sua filha. “Não a via há tanto tempo, é maravilhoso poder vir até aqui. Por isso estou tão entusiasmada”, disse, depois de abraçar a filha e com a voz alquebrada pela emoção.
O turismo é uma das maiores indústrias da Austrália, representando mais de 60 mil milhões de dólares australianos (cerca de 38 mil milhões de euros) e empregando cerca de 5% da mão-de-obra do país. Mas o sector ficou em crise depois de o país ter fechado as suas fronteiras em Março de 2020.
Outrora campeã da estratégia de supressão da covid-19, a Austrália afastou-se dos seus controlos ao estilo de uma fortaleza e dos bloqueios desde finais do ano passado, iniciando um período de “viver com o vírus” depois de ter atingido níveis de vacinação elevados. Migrantes qualificados, estudantes internacionais e mochileiros foram os primeiros a serem autorizados a voarem para a Austrália num exercício de reabertura por fases iniciado em Novembro.
"É uma festa"
Os passageiros que aterraram em Sidney foram saudados do ar com “Welcome Back World!” [Bem-vindo de volta, mundo] pintado numa placa perto das pistas enquanto pessoas com fatos de canguru davam as boas-vindas aos viajantes e um DJ passava música numa carrinha com uma faixa a dizer “Valeu a pena esperar”.
“É uma festa cá fora, música a tocar, sorrisos nos rostos das pessoas, vão todos dançar em breve, tenho a certeza”, disse o ministro do Turismo Dan Tehan à estação ABC no aeroporto de Sidney, onde ofereceu aos primeiros viajantes frascos de Vegemite, uma icónica marca australiana de creme de barrar à base de extracto de levedura, e coalas de peluche.
Tehan disse esperar uma recuperação “muito forte” do turismo, com a Qantas a planear transportar mais de 14.000 passageiros para a Austrália esta semana. A Virgin Australia adiantou estar a ver uma tendência muito positiva nas reservas domésticas e continuava a avaliar a procura de voos internacionais.
Por outro lado, enquanto os aviões voltavam, os comboios em Sydney paravam: uma paralisação laboral relacionada com disputas salariais entre o sindicato e o Governo, o que tirou algum brilho a este dia de reabertura.
Enquanto as fronteira reabrem, o surto australiano da variante Ómicron parece ter passado o seu pico com as admissões hospitalares a caírem continuamente nas últimas três semanas. Grande parte do total de casos confirmados durante a pandemia na Austrália, cerca de 2,7 milhões, foi detectada após o surgimento da Ómicron, no final de Novembro. O total de mortes foi de 4,929.
Pouco mais de 17.000 novos casos e 17 mortes foram registados até ao meio-dia de segunda-feira.