Os melhores espectadores do mundo

Os reality shows despromovem pessoas de carne e osso a uma condição semifictícia, tão pré-determinada como num auto vicentino: a Porca, a Coitadinha, o Bobo, o Mártir, o Vilão.

“Expulsem A Porca.” Foi este elegante apelo que o The Sun fez aos seus leitores a 3 de Julho de 2002. A “porca” em questão era uma assistente dentária de 20 anos chamada Jade Goody, concorrente da 3.ª edição do Big Brother. Era comicamente ignorante sobre geografia, tinha uma voz irritante, gritava muito, bebia em excesso, e despia-se com frequência. Depressa se percebeu que seria a figura central do programa. A mera alusão ao seu nome tornou-se piada de referência em tablóides e talk shows. Ninguém a suportava, e ninguém desviava os olhos. Numa das galas, alguém na multidão empunhou um cartaz a sugerir “Matem a porca”.

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“Expulsem A Porca.” Foi este elegante apelo que o The Sun fez aos seus leitores a 3 de Julho de 2002. A “porca” em questão era uma assistente dentária de 20 anos chamada Jade Goody, concorrente da 3.ª edição do Big Brother. Era comicamente ignorante sobre geografia, tinha uma voz irritante, gritava muito, bebia em excesso, e despia-se com frequência. Depressa se percebeu que seria a figura central do programa. A mera alusão ao seu nome tornou-se piada de referência em tablóides e talk shows. Ninguém a suportava, e ninguém desviava os olhos. Numa das galas, alguém na multidão empunhou um cartaz a sugerir “Matem a porca”.