Imigrantes nas estufas do Alentejo assumem luta por trabalho mais digno

As más condições de trabalho nas explorações agrícolas em Odemira não são uma novidade . “A novidade aqui é que houve 300 trabalhadores que perderam o medo e foram pedir explicações à administração, no fim da jornada de trabalho. Foram em grupo, ordeiramente, num movimento espontâneo”, diz Alberto Matos, da Solidariedade Imigrante “Isto cria pressão.”

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Foto de grupo: de boné branco, do lado esquerdo, está Pramila Bamja; em primeiro plano, de boné vermelho, está Birat Khatri Nuno Ferreira Santos

Estar vigilante tornou-se parte da natureza —​ e da condição de Birat Khatri. Cinco anos a trabalhar nas estufas da empresa Sudoberry, no litoral alentejano, mostraram a este nepalês de 32 anos que há várias formas de silenciar os imigrantes que chegam desejosos de trabalho a Portugal, mas sem nenhum conhecimento da língua, das leis do trabalho ou dos seus direitos individuais.