Da autoria de Bruno Pinto, Quico Nogueira e Nuno Duarte, esta banda desenhada conta a história de uma jovem, Sofia, a quem propuseram o desenvolvimento de um jogo de tabuleiro sobre a redução das alterações climáticas.

Depois de viajar pela Europa e recolher material e ideias, percebe quais os efeitos das alterações climáticas e qual o papel dos activistas, autoridades locais e escolas para promover uma mudança urgente de comportamento.

Publicado em 2021, o livro mostra que as questões ambientais são um desafio para todos. No final da viagem, que acabou por ser uma grande descoberta, a jovem compreende que o seu jogo não deve ser uma competição, mas sim cooperativo – porque só conseguimos enfrentar as alterações climáticas se nos unirmos para agir.

Portugal tem um clima mediterrânico – ameno, pode-se dizer. Assistimos, neste momento, ao aumento da temperatura e à consequente diminuição da chuva, mas não só: banhados pelo Oceano Atlântico, sofremos também com a poluição de que ele é vítima. É por isso que “de todos os países da Europa, Portugal é o mais vulnerável às alterações climáticas”, explica a jornalista Isabel Lindim.

Sabemos o que é viver em Portugal hoje, mas como será daqui a 50 anos? A resposta a esta questão está projectada no livro – e é dada por 30 especialistas de áreas como a Geografia, a Biologia, a Saúde e a Física.

Mas calma, nem tudo está perdido: o conhecimento científico português pode ser uma esperança, caso se concretizem medidas, que são necessárias e urgentes, para evitar o pior.

Conhecemos a urgência da crise climática, reconhecemos que é uma consequência dos nossos actos, mas não sabemos o que fazer. Temos vindo a assistir a vários apelos, mas ninguém nos diz por onde começar. Para nos mostrar que a mudança de hábitos pode fazer a diferença, Jonathan Safran Foer publicou, em 2020, este livro.

Dirige o seu discurso para a indústria agro-pecuária, que aponta ser responsável por grande parte das emissões de gases com efeito estufa. Para conseguirmos salvar o planeta, sugere, por exemplo, que sejamos capazes de resistir a um bife suculento. A conclusão é que com pequenos gestos também se pode fazer a diferença. Entre tantas opções, Foer destaca a redução do consumo de alimentos de origem animal.

A actual pandemia merece o destaque de Ana Maria Aleixo, no livro que publicou no início deste ano. Doutorada em Medicina e Cardiologia, alerta os leitores para o impacto das alterações climáticas na área da saúde.

Descreve o contexto pandémico como sendo a “wake up call [chamada de atenção] do Antropoceno”, lê-se na sinopse. E explica como é que tudo o que envolve o clima – o aumento da temperatura, por exemplo – afecta também a saúde.

Alcançar a neutralidade carbónica é meio caminho andado para evitarmos um desastre climático – e quem o diz é Bill Gates, no livro publicado em 2021. Estudou as causas e os efeitos da crise ambiental que actualmente vivemos e, com a ajuda de especialistas, traçou um plano para impedir a catástrofe que tem sido anunciada.

Com base no seu conhecimento na área da inovação, sublinha o poder da tecnologia, em particular na redução de emissão de gases. Expõe também a necessidade de novas soluções e indica quem é que já as está a desenvolver. No livro recomenda políticas que deveriam ser adoptadas pelos governos, e medidas que todos nós podemos seguir para garantir o êxito deste objectivo.

Quem nunca agiu sem conhecimento e se automedicou? Quase todos nós, sejamos sinceros, mas a verdade é que, além de perigoso, é um acto negligente. Não queremos ser irresponsáveis para com o planeta, certo? Então informemo-nos e ajamos com consciência, propõe a climatologista Judith Curry.

Posiciona-se do outro lado da estrada e questiona algumas das soluções que, ao longo dos anos, foram apresentadas e dadas como eficazes. Actuar sem ter conhecimento de causa pode ser altamente prejudicial à saúde do ambiente e pode também gerar uma catástrofe humana.

Texto editado por Amanda Ribeiro