A política proibida na casa que a representa

Uma coisa é o hiato normal na transição entre legislaturas, com o calendário eleitoral, ou o período que separa a dissolução de um Parlamento e a tomada de posse do que lhe sucede; outra coisa é viver 150 dias neste sonambulismo.

Já não bastavam os enormes custos que as eleições no círculo da Europa trouxeram ao país, que vão do adiamento de decisões urgentes à degradação da imagem da política e das instituições até que, nesta sexta-feira, chegou ao conhecimento mais um: a suspensão da política na Assembleia da República até o dia 14 de Março. A gestão corrente dos assuntos do Estado foi prolongada no tempo e nem sequer as suas incidências podem ser discutidas e escrutinadas pelo órgão que tem como uma das suas mais nobres funções fazê-lo. O país que já estava adiado acaba de congelar a reflexão sobre o adiamento.

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Já não bastavam os enormes custos que as eleições no círculo da Europa trouxeram ao país, que vão do adiamento de decisões urgentes à degradação da imagem da política e das instituições até que, nesta sexta-feira, chegou ao conhecimento mais um: a suspensão da política na Assembleia da República até o dia 14 de Março. A gestão corrente dos assuntos do Estado foi prolongada no tempo e nem sequer as suas incidências podem ser discutidas e escrutinadas pelo órgão que tem como uma das suas mais nobres funções fazê-lo. O país que já estava adiado acaba de congelar a reflexão sobre o adiamento.