A política proibida na casa que a representa
Uma coisa é o hiato normal na transição entre legislaturas, com o calendário eleitoral, ou o período que separa a dissolução de um Parlamento e a tomada de posse do que lhe sucede; outra coisa é viver 150 dias neste sonambulismo.
Já não bastavam os enormes custos que as eleições no círculo da Europa trouxeram ao país, que vão do adiamento de decisões urgentes à degradação da imagem da política e das instituições até que, nesta sexta-feira, chegou ao conhecimento mais um: a suspensão da política na Assembleia da República até o dia 14 de Março. A gestão corrente dos assuntos do Estado foi prolongada no tempo e nem sequer as suas incidências podem ser discutidas e escrutinadas pelo órgão que tem como uma das suas mais nobres funções fazê-lo. O país que já estava adiado acaba de congelar a reflexão sobre o adiamento.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Já não bastavam os enormes custos que as eleições no círculo da Europa trouxeram ao país, que vão do adiamento de decisões urgentes à degradação da imagem da política e das instituições até que, nesta sexta-feira, chegou ao conhecimento mais um: a suspensão da política na Assembleia da República até o dia 14 de Março. A gestão corrente dos assuntos do Estado foi prolongada no tempo e nem sequer as suas incidências podem ser discutidas e escrutinadas pelo órgão que tem como uma das suas mais nobres funções fazê-lo. O país que já estava adiado acaba de congelar a reflexão sobre o adiamento.