Poemacto celebra segundo aniversário com poemas e música em Marvila

Encontro de poesia e cultura nascido em 2020 celebra esta quarta-feira o seu segundo aniversário com uma sessão de poesia e música no seu espaço habitual, em Marvila.

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Uma das sessões do Poemacto, documentada no seu site DR

O primeiro encontro realizou-se em 17 de Fevereiro de 2020, menos de um mês antes de ser declarada a pandemia da covid-19. Mas isso não travou a actividade do Poemacto e, com os devidos cuidados sanitários, celebra agora dois anos de existência. A celebração será esta quarta-feira no local habitual, a Cerveja Bolina, em Marvila, a partir das 18h e com marcação prévia nas redes sociais. Na sessão participam Ana Cláudia Santos, Dela Mantra, Maria Caetano Vilalobos e Isaac Jaló. A sessão abre com o DJ SO_SW e está também anunciado um concerto musical com Luís Macedo e Francisco Berkemeier.

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O primeiro encontro realizou-se em 17 de Fevereiro de 2020, menos de um mês antes de ser declarada a pandemia da covid-19. Mas isso não travou a actividade do Poemacto e, com os devidos cuidados sanitários, celebra agora dois anos de existência. A celebração será esta quarta-feira no local habitual, a Cerveja Bolina, em Marvila, a partir das 18h e com marcação prévia nas redes sociais. Na sessão participam Ana Cláudia Santos, Dela Mantra, Maria Caetano Vilalobos e Isaac Jaló. A sessão abre com o DJ SO_SW e está também anunciado um concerto musical com Luís Macedo e Francisco Berkemeier.

Inspirado no poema homónimo de Herberto Helder, Poemacto (que começa e acaba com a frase “Deito-me, levanto-me, penso que é enorme cantar”), este encontro nasceu de uma ideia de Solange Pacífico, que o criou e dinamizou. Como ela explicou ao PÚBLICO em 2021: “Eu procurava um sítio onde me sentisse confortável para declamar a minha poesia e vi que havia muito pouca oferta em Lisboa. Numa noite, ao passear pela Bica com um amigo meu, ouvi um som de blues, começámos a segui-lo e fomos parar a um bar [na Rua de S. Paulo], o Tabernáculo, do Hernâni Miguel. Ele percebeu que eu escrevia, perguntou-me porque é que eu não declamava os meus poemas, e quando lhe expliquei a razão, desafiou-me a criar ali a casa que eu idealizava. E isso deu-me espaço.”

Daí passaram a outro espaço, onde permanecem até hoje, a Cerveja Bolina, em Marvila. “O intuito do Poemacto não é ser só um evento de poesia”, dizia Solange. “É suposto ser um movimento urgente, uma luta pela poesia e também pela cultura em Portugal.” Nesse sentido, além dos encontros que puderam ir realizando (com os cuidados exigidos pela pandemia) lançaram um livro em Outubro de 2021, intitulado Bicho Mudo Viro Bicho, cujo conteúdo se limita “à pequena – e ao mesmo tempo infinda – janela entre 2020 e 2021”: “Talvez se torne, ainda assim, intemporal: pela sua natureza sentimental face às adversidades físicas e psicológicas sentidas por cada um dos poetas durante um dos períodos mais solitários que a humanidade – pelo menos, a nossa – já experienciou.”

A lista dos participantes no livro é esta: Solange Pacífico, Anomalias, Dela Mantra, Patrícia Nogueira, Luís Perdigão, Maria Caetano Vilalobos, Gabriela Abreu, Andreia Mateus, Martim Santos / Lágrima, Mariana Santos, Acílio Gala, Ana Claúdia Santos, Juliana Jardim, Isaac Jaló, Ricardo Reis e Tápê. O prefácio do livro é de Ivo Canelas e tem ilustrações de Solange Pacífico, Juliana Jardim, Maria Vilalobos e Sara Almeida.