Pintura de Emília Nadal doada à Colecção de Arte Contemporânea do Estado

Doação da segunda obra da série Decomposições chega por iniciativa da própria artista.

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A segunda pintura da série Decomposições (1974-1976) chega à Colecção do Estado por doação da própria artista DR

Uma pintura de Emília Nadal foi doada pela artista à Colecção de Arte Contemporânea do Estado (CACE) para compensar a destruição de outra num incêndio nos anos 1980, anunciou hoje a Direcção-geral do Património Cultural (DGPC).

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Uma pintura de Emília Nadal foi doada pela artista à Colecção de Arte Contemporânea do Estado (CACE) para compensar a destruição de outra num incêndio nos anos 1980, anunciou hoje a Direcção-geral do Património Cultural (DGPC).

A obra — pintura nº 2 da série Decomposições (1974-1976) — em óleo sobre tela foi incorporada na CACE por autoproposta de doação da artista, enquadrando-se no regime de excepções em que são consideradas as doações à colecção, explicou um comunicado divulgado pela DGPC.

Esta doação “pretende, de algum modo, compensar o desaparecimento, na consequência do incêndio que, em 1981, destruiu a antiga Galeria Nacional de Arte Moderna, em Belém, da pintura nº 9, da mesma série, que havia sido adquirida para a Colecção do Estado, então designada por Colecção SEC - Secretaria de Estado da Cultura”.

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Neste contexto, a DGPC sublinha que, “pela importância lesiva do acontecimento e do seu prejuízo para a CACE, a integração de uma nova obra da mesma série pictórica da artista resulta essencial, contribuindo assim para o enriquecimento artístico, histórico e cultural da colecção”.

A artista, natural de Lisboa, onde nasceu em 1938, está representada na CACE com outras obras em gravura e escultura. Emília Nadal iniciou-se na gravura com Maria Gabriel e Ilda Reis, e em 1959 foram-lhe atribuídos os Prémios Anunciação e Lupi de Pintura da Academia Nacional de Belas Artes.

Expõe desde 1957 e já participou em exposições colectivas e de grupo em Portugal e no estrangeiro, a título individual ou em representação da pintura e da gravura portuguesa contemporânea, nomeadamente em Espanha, França, Finlândia, Alemanha, Suécia, Grécia, Reino Unido, Itália, Brasil, Alemanha, Nova Zelândia, México, Bulgária, ex-Jugoslávia, Polónia, Macau e Japão.

A sua obra encontra-se representada em colecções privadas portuguesas, espanholas, brasileiras e suíças, e nas colecções do Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian, do Museu de Arte Moderna, e da Fundação de Serralves no Porto.

Iniciada pelo Estado em 1976, a CACE é uma colecção de arte contemporânea de natureza pública, e é composta por obras realizadas em diversos suportes — desde pintura, desenho, gravura, fotografia, escultura, vídeo, instalação —, na sua maioria, mas não exclusivamente, de artistas portugueses.

Tutelada pelo Ministério da Cultura, através da DGPC tem como missão garantir o acesso alargado ao património artístico contemporâneo nacional, privilegiando a fruição pública em todo o território.

Desde Janeiro que a CACE está acessível online, disponibilizando imagens de obras e informação histórica sobre o conteúdo da colecção em https://colecaodoestado.pt/.