Pepe e Tabata arriscam até dois anos de suspensão
Os jogadores terão praticado uma agressão a dirigentes desportivos, segundo o relatório do árbitro do FC Porto-Sporting.
As notas potencialmente mais controversas do relatório do árbitro do jogo entre o FC Porto e o Sporting surgiram na comunicação social desportiva nesta segunda-feira. A grande novidade em relação àquilo que já se conhecia é a referência a um pontapé de Pepe, capitão dos “azuis e brancos” a Hugo Viana, director desportivo dos “leões”.
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As notas potencialmente mais controversas do relatório do árbitro do jogo entre o FC Porto e o Sporting surgiram na comunicação social desportiva nesta segunda-feira. A grande novidade em relação àquilo que já se conhecia é a referência a um pontapé de Pepe, capitão dos “azuis e brancos” a Hugo Viana, director desportivo dos “leões”.
A provar-se o que João Pinheiro terá relatado, Pepe praticou uma infracção disciplinar muito grave e incorre num castigo que pode ir de dois meses a dois anos de suspensão, segundo a moldura penal prevista no Regulamento Disciplinar da Liga de Clubes que, no artigo 145.º, enquadra as “agressões praticadas pelos jogadores contra os membros dos órgãos da estrutura desportiva”, onde se incluem “dirigentes ou delegados ao jogo de outros clubes”.
Sanção idêntica pode ser aplicada também ao jogador sportinguista Tabata, que de acordo com o relatório do árbitro, empurrou um director da equipa adversária, praticando igualmente um acto de conduta violenta. Neste caso, o director em questão foi Luís Gonçalves, do FC Porto.
No entanto, quer Hugo Viana, quer Luís Gonçalves também receberam ordem de expulsão por parte de João Pinheiro, que no seu relatório contabiliza oito expulsões, seis das quais após o final do jogo.
Assim, o director desportivo do Sporting, foi expulso por ter entrado no terreno de jogo para provocar um conflito com um adversário. O mesmo cenário que se aplica a Luís Gonçalves, director do FC Porto.
Já em relação aos jogadores, para além dos vermelhos a Pepe e a Tabata, Palhinha foi expulso por agredir um adversário com uma estalada, Marchesín por ter pontapeado um adversário.
As restantes expulsões mencionadas aconteceram no decorrer do jogo. A primeira foi a de Coates por ter visto o segundo cartão amarelo; e a segunda foi a Carlos Fernandes, treinador adjunto do Sporting, por ter entrado no relvado para interferir no jogo.
No relatório de João Pinheiro são ainda descritas outras ocorrências relacionadas com o comportamento do público. Uma delas tem a ver com o arremesso para o terreno de jogo por parte de adeptos afectos ao FC Porto de um objecto metálico que foi entregue ao delegado da Liga. O árbitro não revela qual o objecto em questão, mas no relatório do delegado da Liga consta que se tratava de uma bala.
Para além de tudo isto, é ainda mencionado no documento assinando por João Pinheiro que um elemento que vestia colete azul arremessou um banco para dentro do terreno de jogo; que um apanha-bolas arremessou um isqueiro e água para um local onde se encontravam jogadores do Sporting; e que três elementos que vestiam colete azul atingiram Matheus Reis, tendo um deles agredido esse mesmo jogador com um murro nas costas.