Pequim 2022: Ricardo Brancal termina em 37.º no slalom gigante
Na primeira participação olímpica, o covilhanense atingiu o objectivo de melhorar o 66.º posto de Arthur Hanse, em PeyongChang 2018.
O esquiador português Ricardo Brancal estreou-se neste domingo nos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022 com o 37.º lugar na prova de slalom gigante, a 28,05 segundos do vencedor, o suíço Marco Odermatt.
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O esquiador português Ricardo Brancal estreou-se neste domingo nos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022 com o 37.º lugar na prova de slalom gigante, a 28,05 segundos do vencedor, o suíço Marco Odermatt.
Na sua primeira participação olímpica, na pista Ice River, em Yangqiing, o covilhanense, de 25 anos, atingiu o objectivo de melhorar o 66.º posto de Arthur Hanse em PeyongChang2018 na disciplina.
Numa prova em que 40 dos 86 atletas não terminaram, Ricardo Brancal foi 46.º na primeira manga, com um tempo de 1m16,83s, e foi mais lento e cauteloso na segunda descida, adiada devido à queda de neve, que completou em 1m20,57s, somando 2m37,40s no conjunto das duas contagens.
A competição de esqui alpino foi arrebatada pelo líder do ranking mundial, o suíço Marco Odermatt, que conquistou o primeiro título olímpico, seguido de perto pelo esloveno Zan Kranjec, medalha de prata, e o actual campeão do mundo, o francês Mathieu Faivre, que ganhou o bronze.
Ricardo Brancal, que antes da partida para Pequim considerava um “top 50” um excelente resultado, tendo em conta o nível competitivo, e ambicionava superar o melhor lugar de Arthur Hanse, 38.º no slalom e 66.º no slalom gigante em PeyongChang2018, considerou que podia ter feito ainda melhor, mas salientou ser “um resultado muito bom para Portugal”.
O atleta, natural da Covilhã, que desde os 13 anos compete com as cores lusas, descreveu a pista como “muito difícil”, com más condições de visibilidade e partes muito geladas, que o fizeram não arriscar mais, para salvaguardar saídas de pista e a chegada ao final.
“O meu objectivo era terminar. Fisicamente, senti-me muito bem, seguro, sólido. Podia ter tirado três ou quatro segundos em cada manga, mas corria o risco de sair [de pista] e nos Jogos Olímpicos o que conta é ver a bandeira no resultado”, disse, no final da prova, Ricardo Brancal, em declarações à agência Lusa.
O esquiador, que tem preferência pelo slalom, competição marcada para quarta-feira, afirmou que, tendo em conta ter conseguido um 37.º lugar, “talvez arrisque um pouco mais” na disciplina em que se sente mais confortável.
“Eu nunca me senti tão bem fisicamente, fiz uma boa preparação. Tenho as condições necessárias para fazer uma boa prova, agora, é também preciso ter um bocado de sorte e as coisas saírem no dia, porque o slalom, ao mínimo erro, não perdoa”, frisou Ricardo Brancal.
O chefe de missão, Pedro Farromba, salientou que “nunca antes um português tinha feito um resultado destes”, destacando que Vanina Oliveira, José Cabeça e Ricardo Brancal cumpriram o objectivo da comitiva de melhorar as classificações das anteriores edições, e afirmou-se “muito satisfeito” e com a obrigação de cumprir uma promessa.