Empresa japonesa planeia construir primeira central de fusão nuclear do país

Os reactores de fusão nuclear são considerados mais seguros que os convencionais, de fissão, e não produzem resíduos altamente radioactivosos

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Fusão nuclear ainda está numa fase experimental, com vários projectos a testar a sua viabilidade para produção de energia. REUTERS/STEPHANE MAHE

Uma empresa japonesa está a planear a construção da primeira central de fusão nuclear do país capaz de produzir electricidade, num projecto que já angariou 1,67 mil milhões de ienes (cerca de 13 mil milhões de euros).

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Uma empresa japonesa está a planear a construção da primeira central de fusão nuclear do país capaz de produzir electricidade, num projecto que já angariou 1,67 mil milhões de ienes (cerca de 13 mil milhões de euros).

A Kyoto Fusioneering quer concluir a construção da central nos próximos cinco anos, disse este domingo o CEO, Taka Nagako, à agência de notícias japonesa Kyodo.

A futura central pretende tornar-se numa das poucas “capazes de gerar realmente energia”, o que a distinguiria de outros projectos experimentais destinados a testar a viabilidade da fusão nuclear já em curso no Japão e noutros países, acrescentou.

A empresa, que também desenvolve equipamento para reactores de fusão nuclear, indicou que também vai contactar o Governo japonês e as autoridades locais para escolher um local para a central experimental.

Reactores como o de Kyoto Fusioneering visam desenvolver a energia gerada pela fusão termonuclear de iões confinados por implosão ou campos magnéticos em electricidade.

Ao contrário dos reactores nucleares convencionais, que se baseiam em reacções em cadeia de fissão de neutrões, os reactores de fusão são considerados mais seguros e não produzem resíduos altamente radioactivos.

O Governo japonês, que incluiu a energia nuclear na estratégia energética para reduzir as emissões de dióxido de carbono, está a promover a investigação e desenvolvimento de reactores de fusão e planeia investir mais nestes projectos experimentais nos próximos anos.