Multas, detenções e gás lacrimogéneo em protestos contra exigência de vacina em França

A “Caravana da Liberdade” ganhou força a nível internacional este fim-de-semana, numa altura em que decorrem protestos em França e na Holanda inspirados neste movimento iniciado no Canadá.

Foto
Os primeiros confrontos em Paris aconteceram junto ao Arco do Triunfo BENOIT TESSIER/Reuters

O “Freedom Convoy” (“Caravana da Liberdade"), movimento de oposição às medidas de combate à pandemia iniciado por camionistas no Canadá, chegou à Europa. Este sábado, milhares de manifestantes vindos de todo o país contrariaram as regras impostas em França e concentraram-se em Paris, em protesto contra a exigência de certificado de vacina para a Covid-19 para a entrada em vários locais públicos, num evento em que a polícia já disparou gás lacrimogéneo. Também em Haia, na Holanda, há protestos inspirados no movimento canadiano.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O “Freedom Convoy” (“Caravana da Liberdade"), movimento de oposição às medidas de combate à pandemia iniciado por camionistas no Canadá, chegou à Europa. Este sábado, milhares de manifestantes vindos de todo o país contrariaram as regras impostas em França e concentraram-se em Paris, em protesto contra a exigência de certificado de vacina para a Covid-19 para a entrada em vários locais públicos, num evento em que a polícia já disparou gás lacrimogéneo. Também em Haia, na Holanda, há protestos inspirados no movimento canadiano.

Iniciado há duas semanas por camionistas no Canadá em protesto contra a exigência do certificado de vacinação para a Covid-19 para atravessar a fronteira com os Estados Unidos, o movimento “Freedom Convoy” paralisou a cidade de Otava, na província de Ontário, cujo executivo decretou estado de emergência. Este fim-de-semana, o movimento ganhou força a nível internacional, com os protestos em França e na Holanda.

A manifestação em Paris assume particular destaque pelas proporções que agora atinge, ao fim de meses de protestos recorrentes contra as medidas de restrição aplicadas no âmbito da pandemia. De acordo com a Reuters, este sábado, as forças policiais francesas mobilizaram mais de sete mil agentes, montaram postos de controlo e disponibilizaram veículos blindados e camiões armados com canhões de água para responder aos protestos.

Desde o período da manhã, segundo relata a imprensa francesa com base nos dados fornecidos pela polícia, tentaram entrar em Paris 3000 veículos, para participar numa “manifestação não autorizada”, tendo sido aplicadas mais de 300 multas aos seus ocupantes. Foram, ainda, detidos 14 manifestantes, a sul de Paris, que tinham na sua posse fisgas, martelos, facas e máscaras de gás.

Apesar da acção policial, milhares de manifestantes conseguiram entrar na capital francesa e formaram-se aglomerações em vários pontos da cidade, em particular perto do Arco do Triunfo, onde ocorreram os primeiros confrontos com as forças de segurança.

A polícia acabou mesmo por lançar gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes da zona dos Campos Elísios, como é visível nas imagens partilhadas por vários jornalistas através das redes sociais.

Por esta altura, relata o jornal francês Le Figaro, já foram evacuados os últimos veículos dos Campos Elísios e são poucos os grupos que se formam nesta zona - aqueles que o tentam foram rapidamente dispersados com investidas de gás lacrimogéneo.