Não há incentivos para reutilizar as águas que vão pelo cano abaixo nas casas portuguesas

Soluções de reciclagem de águas do chuveiro ou do lavatório existem, mas ainda são caras face ao preço da água. Não têm apoios do Fundo Ambiental e esbarram numa legislação ultrapassada que tem nova versão pronta há cinco anos, à espera de aprovação.

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As águas do banho são consideradas "cinzentas" e podem ser limpas e reutilizadas para fins não potáveis Adriano Miranda

Portugal vai ter de se preparar para períodos de escassez de água cada vez mais frequentes e prolongados. Mas o país, que começou nos últimos anos a reutilizar águas residuais tratadas para necessidades públicas e até para a agricultura, está ainda muito atrasado quando se trata de reciclar e reutilizar boa parte da água consumida nas habitações e edifícios públicos e privados. Autarquias, empresas e famílias portuguesas poderiam reduzir substancialmente a quantidade de água potável que gastam, mas o desconhecimento, o preço destes equipamentos face à tarifa da água e uma legislação que tarda em ser actualizada impedem o avanço de uma opção com impactos ambientais positivos evidentes.

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Portugal vai ter de se preparar para períodos de escassez de água cada vez mais frequentes e prolongados. Mas o país, que começou nos últimos anos a reutilizar águas residuais tratadas para necessidades públicas e até para a agricultura, está ainda muito atrasado quando se trata de reciclar e reutilizar boa parte da água consumida nas habitações e edifícios públicos e privados. Autarquias, empresas e famílias portuguesas poderiam reduzir substancialmente a quantidade de água potável que gastam, mas o desconhecimento, o preço destes equipamentos face à tarifa da água e uma legislação que tarda em ser actualizada impedem o avanço de uma opção com impactos ambientais positivos evidentes.