Sporting avança com queixas-crime contra Baía, Conceição e Cerqueira
“Leões” revelam que Frederico Varandas terá sido alvo de tentativa de agressão após o “clássico” desta sexta-feira e querem também a interdição do Estádio do Dragão.
O Sporting vai avançar com queixas-crime contra Vítor Baía, Sérgio Conceição e Rui Cerqueira, respectivamente, vice-presidente, treinador e director de imprensa do FC Porto. Em comunicado, os “leões” dizem que os três participaram em “agressões verbais e tentativas de agressão física” a Frederico Varandas, presidente do clube de Alvalade, após o “clássico” desta sexta-feira no Dragão que terminou em empate e em confrontos entre elementos dos dois lados.
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O Sporting vai avançar com queixas-crime contra Vítor Baía, Sérgio Conceição e Rui Cerqueira, respectivamente, vice-presidente, treinador e director de imprensa do FC Porto. Em comunicado, os “leões” dizem que os três participaram em “agressões verbais e tentativas de agressão física” a Frederico Varandas, presidente do clube de Alvalade, após o “clássico” desta sexta-feira no Dragão que terminou em empate e em confrontos entre elementos dos dois lados.
“Os três elementos, rodeados de vários seguranças, efectuaram uma espera a Frederico Varandas. Neste contexto, Rui Cerqueira abalroou de forma violenta o presidente do Sporting CP, retirando-lhe da mão a carteira com telemóvel, cartões pessoais de identificação e cartões de crédito, colocando-se de imediato em fuga. Apesar da presença da polícia no local, o aparelho e os documentos não foram encontrados”, refere o Sporting na nota divulgada neste sábado, sugerindo que o o director de imprensa portista terá ficado com os objectos pessoais de Varandas.
Na mesma nota, o Sporting refere que irá fazer uma “participação disciplinar” para a “interdição do estádio do Dragão, conforme previsto nos regulamentos, em virtude das agressões a jogadores do Sporting CP por elementos estranhos ao recinto de jogo, e que estão documentadas em imagens que todos podem ver”.
O comunicado do Sporting na íntegra
“O Sporting Clube de Portugal informa que o presidente Frederico Varandas foi ontem alvo de agressões verbais e tentativas de agressão física por parte de Vítor Baía, vice-presidente e administrador da SAD do FC Porto, Sérgio Conceição, treinador da equipa, e Rui Cerqueira, director de imprensa do clube.
Na sequência das declarações do Presidente do Sporting CP, e quando este se deslocava para o autocarro da equipa, os três elementos, rodeados de vários seguranças, efectuaram uma espera a Frederico Varandas. Neste contexto, Rui Cerqueira abalroou de forma violenta o presidente do Sporting CP, retirando-lhe da mão a carteira com telemóvel, cartões pessoais de identificação e cartões de crédito, colocando-se de imediato em fuga. Apesar da presença da polícia no local, o aparelho e os documentos não foram encontrados.
O Sporting CP irá apresentar queixa-crime contra Vítor Baía, Sérgio Conceição e Rui Cerqueira. E avançará com todos os esforços necessários para que os intérpretes destes actos sejam banidos dos recintos desportivos.
Trata-se de actos em que são reincidentes, pois têm um longo historial de intimidação de jornalistas, espectadores e adversários, como é do conhecimento público.
O Sporting CP irá fazer também fazer participação disciplinar com vista à interdição do estádio do Dragão, conforme previsto nos regulamentos, em virtude das agressões a jogadores do Sporting CP por elementos estranhos ao recinto de jogo, e que estão documentadas em imagens que todos podem ver.
Importa ainda referir que adeptos afectos ao Sporting CP foram impedidos de entrar no Estádio do Dragão e que outros, dentro de estádio, foram vítimas de tentativas de agressão. Um rol de episódios lamentáveis que em nada dignificam aquilo que é o futebol em particular e o desporto no geral.
O que se passou ontem, dentro e fora do relvado, é demasiado grave para não ter consequências.
A preservação de um estado de direito em que prevaleça o civismo exige que as instituições que o constituem assegurem de forma eficaz e célere o respeito pelos direitos dos cidadãos, que, na sua maioria, são prejudicados pela impunidade daqueles que barbaramente o desrespeitam e, aos olhos de todos, o fazem repetidamente.
O que se passa no futebol há 40 anos é responsabilidade da fraqueza das instituições, desportivas e fora delas, e das suas lideranças, que têm o dever de proteger o desporto e os cidadãos.
O Sporting CP não desistirá desta luta.”