Vacinas anticovid-19. Eficácia de dose de reforço diminui em quatro meses, mas permanece elevada

Estudo do CDC, dos Estados Unidos, mostra que a eficácia das doses de reforço para evitar internamento é de 91% durante os dois primeiros meses, mas desce para 78% após quatro meses.

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REUTERS/ATHIT PERAWONGMETHA

O nível de protecção das doses de reforço das vacinas da Pfizer e da Moderna contra a covid-19 diminui após quatro meses, mas ainda demonstra eficácia para evitar internamentos por Ómicron, segundo um estudo das autoridades de saúde norte-americanas.

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O nível de protecção das doses de reforço das vacinas da Pfizer e da Moderna contra a covid-19 diminui após quatro meses, mas ainda demonstra eficácia para evitar internamentos por Ómicron, segundo um estudo das autoridades de saúde norte-americanas.

No estudo do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) publicado na sexta-feira, foi possível concluir que a eficácia das doses de reforço para evitar o internamento hospitalar é de 91% durante os dois primeiros meses da sua aplicação, mas desce para 78% após quatro meses.

De acordo com a análise, cinco meses depois da terceira dose, o nível de protecção cairia para 33%, embora o CDC tenha admitido que ainda não possui dados suficientes sobre esse grupo de pessoas.

Por isso, o CDC abriu a porta para “considerar” a recomendação de outras doses adicionais para manter a protecção contra os internamentos.

Actualmente, o CDC recomenda que todas as pessoas com mais de 12 anos de idade recebam uma dose de reforço da vacina cinco meses após completar o seu calendário de vacinação, num país onde 63% da população foi vacinada com duas doses.

Os Estados Unidos são, em termos absolutos, o país mais afectado pela covid-19, com mais de 77,5 milhões de casos confirmados desde o início da pandemia em Março de 2020 e mais de 917 mil mortes, segundo números da Universidade Johns Hopkins.

Depois de bater recordes históricos em Janeiro, os níveis de contágio têm vindo a diminuir há várias semanas no país, embora as mortes continuem a aumentar, com mais de 3.000 óbitos por dia.

Os internamentos hospitalares caíram na última semana, embora continuem altas, com uma média diária de 13.000.