Criar impacto, encontrar paz e a beleza da insatisfação

A Carolina sempre foi uma aluna exemplar. Com um percurso académico exímio, tinha acabado os intensos 8 anos que lhe estavam destinados: licenciatura em direito, mestrado, estágio e exame para a ordem dos advogados. O único problema foi que, depois disto tudo, percebeu que não era aquele o seu caminho. Sentia que estava a viver o que era suposto, apenas com o balanço que os “empurrões” dados pela família e amigos permitiam. Com a certeza de que precisava de parar e viver para além dos livros, a Carolina começou a preparar o seu gap year com um destino em mente: América do Sul. Mas, como já nos habituámos, a covid-19 obrigou a uma mudança de planos.

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A Carolina sempre foi uma aluna exemplar. Com um percurso académico exímio, tinha acabado os intensos 8 anos que lhe estavam destinados: licenciatura em direito, mestrado, estágio e exame para a ordem dos advogados. O único problema foi que, depois disto tudo, percebeu que não era aquele o seu caminho. Sentia que estava a viver o que era suposto, apenas com o balanço que os “empurrões” dados pela família e amigos permitiam. Com a certeza de que precisava de parar e viver para além dos livros, a Carolina começou a preparar o seu gap year com um destino em mente: América do Sul. Mas, como já nos habituámos, a covid-19 obrigou a uma mudança de planos.

A Europa foi então o continente que a recebeu durante 1 ano. Saiu do seu cantinho à beira-mar plantado e partiu numa descoberta que veio provar que não é só no longe que existem as grandes diferenças. Nos primeiros tempos dedicou-se a entender o papel político e intercultural que podia ter através de Youth Exchanges, projectos organizados pela União Europeia com o objectivo de promover intercâmbios culturais entre jovens. Estes projectos levaram a Carolina à Turquia e à Geórgia, tendo sido uma boa demonstração de que viajar sozinha, não é sinónimo de estar sozinha.

Como um jogo de Tetris, a Carolina passou algum tempo a perceber onde poderia ir, quais as fronteiras que podia atravessar e quais os projectos nos quais se podia envolver. Como resposta a estas questões surgiu o voluntariado, uma prática que esteve também muito presente no seu gap year, dando-lhe passagem pela Roménia e Grécia.

Durante o seu gap year fez de tudo um pouco - viagens à boleia, voluntariado, couchsurfing - até que chegou Novembro e precisou de abrandar para perceber quais seriam os seus próximos passos. A Carolina regressou a Portugal com a certeza de que não está pronta para assentar, nem dar por terminada esta jornada. Agora vai descobrir como continuar na odisseia de saltar de sítio em sítio, através de um novo desafio: o trabalho remoto.

No episódio de hoje, a Carolina fala-nos sobre a necessidade de encontrar paz na diferença e sobre a jornada que tem percorrido para que não se perca de si própria. Desperta-nos para questões que marcam o nosso presente e abre-nos os olhos para o facto de todos termos uma palavra a dizer sobre o futuro.

Os planos da Carolina foram-se formando à medida que os ia vivendo e agora encontra-se satisfeita com a sua insatisfação e com a certeza de que, a vontade de fazer acontecer vai sempre garantir-lhe um sorriso na cara.

Qualquer dúvida para a Carolina encontra-a no seu Instagram, em www.instagram.com/anacarolinabco/.

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