Taxa de inflação dos EUA sobe para 7,5%, o ritmo mais elevado em 40 anos

Evolução ultrapassou previsão dos analistas, que era de 7,3%, depois dos 7% de Dezembro passado.

Foto
EPA/NEIL HALL

A taxa de inflação anual nos Estados Unidos da América aumentou para 7,5% em Janeiro, mais cinco décimas em relação a Dezembro, informou esta quinta-feira o Departamento do Comércio.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A taxa de inflação anual nos Estados Unidos da América aumentou para 7,5% em Janeiro, mais cinco décimas em relação a Dezembro, informou esta quinta-feira o Departamento do Comércio.

Esta foi a maior subida da taxa homóloga desde Fevereiro de 1982, e ficou acima das previsões dos analistas, que apontavam para um aumento dos preços de 7,3%.

Quanto à subida mensal, foi de 0,6% em Janeiro face a Dezembro, de acordo com o mesmo índice de preços no consumidor. O aumento mensal de Dezembro em relação ao mês anterior também tinha sido de 0,6%.

Se forem excluídos os preços dos alimentos e combustíveis, que são os mais voláteis, a inflação subjacente em Janeiro foi de 0,6%, com uma taxa anual de 6%.

Os preços da energia (que incluem gasolina, crude, electricidade e gás natural) subiram em Janeiro 0,9%, o mesmo aumento que verificado na categoria da alimentação.

Estes dados aumentam a pressão sobre a Reserva Federal (Fed) para um ajustamento na política monetária norte-americana. O presidente da Fed, Jerome Powell, já afirmou que a prioridade do banco central neste momento é travar a inflação, e, a 26 de Janeiro, indiciou que a partir do próximo mês de Março as taxas de juro deverão começar a subir nos EUA. Actualmente, a taxa de juro de referência da Reserva Federal dos EUA encontra-se no intervalo entre zero e 0,25%.

Na Europa, o Banco de Inglaterra voltou a subir a taxa de referência para 0,50% a 3 de Fevereiro, face ao patamar de 0,25% em que se encontrava no início da semana passada, depois de ter já sido aumentada em Dezembro.

E, na Zona Euro, a inflação de Dezembro “surpreendeu” os responsáveis do Banco Central Europeu, levando Christine Lagarde a adaptar o discurso sobre as expectativas para 2022 - e sobre a evolução da política monetária da região que tem o euro como moeda - já com consequências visíveis nas dívidas soberanas e, em particular, de Portugal.