E eis Berlim a começar oficialmente em festa, com passadeira vermelha (convenientemente reciclada ecologicamente) à sombra de um iconoclasta defunto: Rainer Werner Fassbinder, figura tutelar do cinema alemão do pós-Segunda Guerra Mundial, que ressurge para lá da morte sob os traços do actor francês Denis Ménochet (num tour de force que é provavelmente uma das melhores razões, mesmo que não a única, para ver o filme). Porque, mesmo que a origem evidente seja As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, o que François Ozon faz em Peter von Kant (Competição) é criar um doppelgänger de Fassbinder, um retrato por interposta pessoa.
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E eis Berlim a começar oficialmente em festa, com passadeira vermelha (convenientemente reciclada ecologicamente) à sombra de um iconoclasta defunto: Rainer Werner Fassbinder, figura tutelar do cinema alemão do pós-Segunda Guerra Mundial, que ressurge para lá da morte sob os traços do actor francês Denis Ménochet (num tour de force que é provavelmente uma das melhores razões, mesmo que não a única, para ver o filme). Porque, mesmo que a origem evidente seja As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, o que François Ozon faz em Peter von Kant (Competição) é criar um doppelgänger de Fassbinder, um retrato por interposta pessoa.