Iberdrola inicia construção de quatro parques solares do leilão de 2019
Parques no distrito de Setúbal vão gerar energia limpa para abastecer mais de 48 mil famílias quando estiverem prontos.
A Iberdrola anunciou esta quarta-feira a construção de quatro parques fotovoltaicos no distrito de Setúbal, com uma capacidade combinada de 86 megawatts (MW), que resultam dos lotes adjudicados no leilão solar de 2019.
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A Iberdrola anunciou esta quarta-feira a construção de quatro parques fotovoltaicos no distrito de Setúbal, com uma capacidade combinada de 86 megawatts (MW), que resultam dos lotes adjudicados no leilão solar de 2019.
Os trabalhos de construção dos parques Algeruz II, com 27,35 MW de capacidade instalada, Conde (13,51 MW), Alcochete I (32,89 MW) e Alcochete II (12,72 MW) vão criar até 500 postos de trabalho em períodos de pico de actividade, segundo a empresa espanhola.
Uma vez em funcionamento, evitarão a emissão de 56.000 toneladas de CO2 por ano, gerando energia limpa para abastecer mais de 48 mil famílias.
A Iberdrola, que já explora 92 MW de energia eólica em Portugal, foi a empresa que conseguiu o maior número de lotes no leilão solar de 2019, num total de sete, com uma potência combinada de 149 MW.
O leilão atribuiu aos vencedores capacidade de injecção na rede para centrais solares a instalar no centro e sul do país, com dois regimes de preço: uma contribuição para o sistema ou um preço fixo de venda abaixo de uma tarifa de referência.
A Iberdrola optou pela modalidade da contribuição para o sistema, fixando quer o valor mais alto do leilão, de 26,75 euros por MWh, quer o mais baixo, de 5,10 euros MWh.
Estes parques deveriam ter entrado em funcionamento em 2022, mas o Governo adiou os prazos e deu mais tempo aos promotores devido às perturbações associadas à pandemia e ao aumento dos custos dos projectos.
Segundo a Iberdrola, dois dos parques agora em construção, Alcochete I e II, terão tecnologia bifacial, que permite maior eficiência uma vez que os painéis têm duas superfícies sensíveis à luz, que permite que a electricidade seja produzida em ambos os lados.
“O sistema de rastreadores permite a movimentação dos módulos de acordo com a trajectória do sol, maximizando a captação de energia e prolongando a vida útil da central”, que sofre uma menor degradação, explicou a empresa.