Uma tranquila e perfeitamente agradável noite de folk contemplativa
Foi sem se desviar da sua fórmula que o sueco José González se apresentou esta terça-feira na Casa da Música, tocando, no primeiro de dois concertos em solo português, grande parte dos temas de Local Valley, o primeiro álbum da sua carreira a ser cantado nas três línguas que sabe falar.
José González (n. 1978) é um músico previsível, o que não tem, forçosamente, de ser entendido como uma crítica. Este filho de pais argentinos, que nasceu na Suécia e canta em inglês — e que, apesar de já ter lançado o seu álbum de estreia em 2003, não tem um corpo de trabalho assim tão grande (Local Valley, o disco que lançou em Setembro do ano passado, é apenas o seu quarto longa-duração) —, nunca tentou reinventar uma linguagem que lhe assenta relativamente bem. Já se sabe que as suas sossegadas e introspectivas canções folk têm como guia espiritual a sua voz contida e lamentosa, sendo ainda povoadas por uma guitarra clássica que o cantautor dedilha admiravelmente. Hábil (e evitando exibicionismos), González explora uma série de “afinações abertas” (open tunings), que, ao mesmo tempo que são capazes de evocar figuras como Nick Drake e Bert Jansch, lhe oferecem várias soluções rítmicas e melódicas. É a partir delas que desenha as suas pastorais e melancólicas paisagens sonoras.
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José González (n. 1978) é um músico previsível, o que não tem, forçosamente, de ser entendido como uma crítica. Este filho de pais argentinos, que nasceu na Suécia e canta em inglês — e que, apesar de já ter lançado o seu álbum de estreia em 2003, não tem um corpo de trabalho assim tão grande (Local Valley, o disco que lançou em Setembro do ano passado, é apenas o seu quarto longa-duração) —, nunca tentou reinventar uma linguagem que lhe assenta relativamente bem. Já se sabe que as suas sossegadas e introspectivas canções folk têm como guia espiritual a sua voz contida e lamentosa, sendo ainda povoadas por uma guitarra clássica que o cantautor dedilha admiravelmente. Hábil (e evitando exibicionismos), González explora uma série de “afinações abertas” (open tunings), que, ao mesmo tempo que são capazes de evocar figuras como Nick Drake e Bert Jansch, lhe oferecem várias soluções rítmicas e melódicas. É a partir delas que desenha as suas pastorais e melancólicas paisagens sonoras.