Presidente da República vai dar posse ao novo Governo em 23 de Fevereiro

Marcelo Rebelo de Sousa tenciona dar posse ao próximo executivo no dia 23 de Fevereiro e garante que até lá não se pronunciará sobre a situação política.

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Marcelo já informou o líder do PS da intenção de o indigitar como primeiro-ministro LUSA/MÁRIO CRUZ

O Presidente da República afirmou nesta terça-feira que vai dar posse ao novo Governo em 23 de Fevereiro e que até lá não falará sobre a conjuntura política resultante das legislativas, que o PS venceu com maioria absoluta.

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O Presidente da República afirmou nesta terça-feira que vai dar posse ao novo Governo em 23 de Fevereiro e que até lá não falará sobre a conjuntura política resultante das legislativas, que o PS venceu com maioria absoluta.

Questionado pelos jornalistas, na varanda do Palácio de Belém, em Lisboa, sobre o seu papel nesta conjuntura política, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Não me vão ouvir até ao dia 23, que é quando eu farei o discurso de posse do novo Governo.”

“Não me vou pronunciar sobre nada, nada, nada posterior às eleições de dia 30 de Janeiro. O que tiver a dizer direi no discurso de posse do primeiro-ministro e do Governo”, acrescentou o chefe de Estado, quando interrogado sobre as reuniões que o secretário-geral do PS, António Costa, vai promover com os partidos com assento parlamentar, excepto o Chega.

Na quarta-feira da semana passada, o Presidente da República divulgou uma nota a informar que “comunicou a António Costa, secretário-geral do PS, a sua intenção de o indigitar como primeiro-ministro do XXIII Governo Constitucional, a qual será formalizada depois do apuramento dos votos dos círculos eleitorais da Europa e de fora da Europa”.

“A nomeação e posse decorrerão depois da primeira sessão da XV legislatura da Assembleia da República”, lê-se na mesma nota, divulgada após o chefe de Estado ter ouvido os oito partidos que elegeram deputados nas legislativas de 30 de Janeiro, por ordem crescente de representação na Assembleia da República: Livre, PAN, BE, PCP, Iniciativa Liberal, Chega, PSD e PS.

O PS venceu com maioria absoluta as legislativas antecipadas de 30 de Janeiro, em que obteve 41,7% dos votos e 117 dos 230 deputados em território nacional – faltando ainda atribuir os quatro mandatos dos círculos da emigração.

O artigo 187.º da Constituição da República Portuguesa estabelece que “o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais”.

António Costa é primeiro-ministro desde Novembro de 2015 e irá formar o seu terceiro executivo, que será o XXIII Governo Constitucional.