Eurodeputados rejeitaram todos os candidatos da extrema-direita a cargos dirigentes do Parlamento Europeu

O “cordão sanitário” em torno dos representantes dos partidos de extrema-direita da UE voltou a funcionar na eleição da presidente e vice-presidentes do Parlamento Europeu e das comissões e subcomissões, a 18 de Janeiro. Todos os candidatos do grupo Identidade e Democracia falharam a eleição por voto secreto.

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Francois Lenoir

A “tradição” da partilha da presidência do Parlamento Europeu pelas maiores famílias políticas europeias cumpriu-se há duas semanas, com a eleição da eurodeputada democrata-cristã maltesa, Roberta Metsola, para suceder no cargo ao socialista italiano, David Sassoli, escolhido imediatamente após as europeias de 2019. As bancadas socialista e liberal nem sequer apresentaram um candidato para a votação, que ocorre a meio da legislatura — tal como o grupo Identidade e Democracia (ID), que reúne os representantes dos partidos de extrema-direita da União Europeia, e que por causa do “cordão sanitário” dos restantes eurodeputados, nunca conseguiu eleger nenhum membro nem como vice-presidente do Parlamento Europeu, nem como presidente de nenhuma comissão parlamentar.

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A “tradição” da partilha da presidência do Parlamento Europeu pelas maiores famílias políticas europeias cumpriu-se há duas semanas, com a eleição da eurodeputada democrata-cristã maltesa, Roberta Metsola, para suceder no cargo ao socialista italiano, David Sassoli, escolhido imediatamente após as europeias de 2019. As bancadas socialista e liberal nem sequer apresentaram um candidato para a votação, que ocorre a meio da legislatura — tal como o grupo Identidade e Democracia (ID), que reúne os representantes dos partidos de extrema-direita da União Europeia, e que por causa do “cordão sanitário” dos restantes eurodeputados, nunca conseguiu eleger nenhum membro nem como vice-presidente do Parlamento Europeu, nem como presidente de nenhuma comissão parlamentar.