Cada médico de família tem hoje menos utentes, em média, do que em 2015

Nos últimos seis anos, contratámos mais médicos, mas o número de pessoas sem médico de família aumentou, concluíram dois investigadores da Nova School of Business and Economics, numa análise matemática aos dados da Administração Central do Sistema de Saúde.

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É em Lisboa e Vale do Tejo que há mais pessoas sem médico de família Manuel Roberto / PUBLICO

A média de utentes que cada médico de família tem na sua lista diminuiu nos últimos anos, concluíram Eduardo Costa e Joana Pestana, da Nova School of Business and Economics, numa breve análise dos dados disponíveis entre 2015 e 2021. A única excepção é a região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), onde cresceu o número médio de pessoas que cada médico tem na sua lista. Os dois investigadores foram olhar para o problema dos residentes em Portugal sem médico de família e chegaram a uma conclusão inesperada: durante este período, apesar de haver no final do ano passado mais três centenas de especialistas em medicina geral e familiar no Serviço Nacional de Saúde (SNS) do que em 2015, aumentou o número de pessoas inscritas sem médico assistente nos centros de saúde.

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A média de utentes que cada médico de família tem na sua lista diminuiu nos últimos anos, concluíram Eduardo Costa e Joana Pestana, da Nova School of Business and Economics, numa breve análise dos dados disponíveis entre 2015 e 2021. A única excepção é a região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), onde cresceu o número médio de pessoas que cada médico tem na sua lista. Os dois investigadores foram olhar para o problema dos residentes em Portugal sem médico de família e chegaram a uma conclusão inesperada: durante este período, apesar de haver no final do ano passado mais três centenas de especialistas em medicina geral e familiar no Serviço Nacional de Saúde (SNS) do que em 2015, aumentou o número de pessoas inscritas sem médico assistente nos centros de saúde.