Nos anos que anteciparam o final do século XX, Alqueva chegou a ser tudo e o seu contrário. Uma esperança e uma quimera, um sonho e uma impossibilidade, uma promessa segura e um risco desnecessário, uma obra crucial ou uma megalomania. Dizia-se que a água iria fazer renascer o Alentejo e abrir-lhe as portas de um futuro radioso, como se garantia que a sua albufeira estava condenada a jamais se encher e a sua água jamais irrigaria coisa alguma. Alqueva foi de alguma forma um símbolo de um país numa encruzilhada entre o passado e o futuro, entre a confiança e o cepticismo, entre o voluntarismo e a suspeição. Assim continua a ser.
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Nos anos que anteciparam o final do século XX, Alqueva chegou a ser tudo e o seu contrário. Uma esperança e uma quimera, um sonho e uma impossibilidade, uma promessa segura e um risco desnecessário, uma obra crucial ou uma megalomania. Dizia-se que a água iria fazer renascer o Alentejo e abrir-lhe as portas de um futuro radioso, como se garantia que a sua albufeira estava condenada a jamais se encher e a sua água jamais irrigaria coisa alguma. Alqueva foi de alguma forma um símbolo de um país numa encruzilhada entre o passado e o futuro, entre a confiança e o cepticismo, entre o voluntarismo e a suspeição. Assim continua a ser.