Sites da Cofina voltam a ficar acessíveis. PJ investiga eventual ataque informático

Polícia Judiciária está a investigar eventual ataque informático ao grupo Cofina. Empresa fala de “problemas técnicos”. Grupo que atacou o Expresso e SIC fez publicação no Telegram sobre o incidente, mas ainda não confirmou oficialmente a autoria de um ataque.

Foto
Microfone da CMTV adriano miranda / publico

Os sites de todos os órgãos de informação do grupo Cofina estiveram na manhã deste domingo indisponíveis, mas voltaram ao início da tarde. Entre as plataformas afectadas estiveram o Correio da Manhã, a revista Sábado, o Jornal de Negócios, ​o diário desportivo Record e a CMTV.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Os sites de todos os órgãos de informação do grupo Cofina estiveram na manhã deste domingo indisponíveis, mas voltaram ao início da tarde. Entre as plataformas afectadas estiveram o Correio da Manhã, a revista Sábado, o Jornal de Negócios, ​o diário desportivo Record e a CMTV.

O anúncio de problemas com os sites foi feito esta madrugada: às 0h38, o Correio da Manhã confirmava na página de Twitter “motivos técnicos” para a indisponibilidade da plataforma. Na página da revista Sábado também foi deixado o mesmo alerta. Em comunicado, a Cofina diz que está a trabalhar com as autoridades para apurar a origem do problema.

Poucos minutos após a falha, no grupo de Telegram dos Lapsus$, os hackers que atacaram o Expresso e o restante grupo Impresa, foi destacada a publicação feita pelo Correio da Manhã. Não houve ainda, contudo, reivindicação oficial de um alegado ataque informático à Cofina.

A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar este “eventual ataque informático”, acrescentou ao início da tarde à agência Lusa fonte daquela polícia. Segundo a mesma fonte, a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ está já a investigar o sucedido e a “avaliar os indicadores” que podem levar aos autores do ataque. De momento, revelou a fonte, ainda “não está comprovado” que o ataque informático tenha sido causado pela organização Lapsus$,

A fonte da PJ reconheceu que a cibercriminalidade tem aumentado de forma exponencial e apelou à adopção de medidas de segurança informáticas, incluindo medidas de redundância informática e utilização interna de credenciais e passwords para evitar este e outros tipos de ataque.

O Lapsus$ atacou o grupo Impresa em Janeiro, obrigando Expresso e SIC, entre outros, a publicarem notícias nas redes sociais durante vários dias. Os órgãos de informação tiveram mesmo de desenhar novos sites ​após o ataque informático, visto que os originais ficaram completamente inacessíveis, não estando ainda reposta toda a normalidade. Os arquivos foram outra das funcionalidades afectadas, num ataque que causou preocupação relativamente à segurança dos dados bancários dos assinantes do semanário. A Comissão Nacional de Protecção de Dados​ (CNPD) abriu um processo de averiguações ao caso.