“Dissolva-se o povo”? É melhor não

António Costa tem à sua frente o desafio de uma vida: provar que uma maioria absoluta não é “poder absoluto”, governando com abertura, magnanimidade, transparência e competência.

1. Faz hoje uma semana que comentadores e políticos foram “esmagados” pelos resultados das eleições legislativas antecipadas. Confortados pelas muitas sondagens e pelo calor de um debate público em circuito fechado, foram vaticinando a “derrota” de António Costa – não tanto por o PS se arriscar a perder as eleições, mas como resultado de um primeiro-ministro “cansado”, desejoso de ir para Bruxelas, incapaz de fazer crescer um país “relegado para a cauda da Europa”, entalado entre a direita e a esquerda e, portanto, incapaz de oferecer uma “solução de governabilidade” num novo quadro político sem grandes diferenças daquele que levou à dissolução do Parlamento.

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1. Faz hoje uma semana que comentadores e políticos foram “esmagados” pelos resultados das eleições legislativas antecipadas. Confortados pelas muitas sondagens e pelo calor de um debate público em circuito fechado, foram vaticinando a “derrota” de António Costa – não tanto por o PS se arriscar a perder as eleições, mas como resultado de um primeiro-ministro “cansado”, desejoso de ir para Bruxelas, incapaz de fazer crescer um país “relegado para a cauda da Europa”, entalado entre a direita e a esquerda e, portanto, incapaz de oferecer uma “solução de governabilidade” num novo quadro político sem grandes diferenças daquele que levou à dissolução do Parlamento.