Artista Damien Hirst enfrenta novas acusações de plágio

O artista inglês Joe Machine alega “não ser coincidência” a semelhança entre as suas pinturas de flores de cerejeira e as de Damien Hirst, referentes à sua última série de pinturas, Cherry Blossom.

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Damien Hirst no atelier

Ao longo dos anos o famoso artista britânico Damien Hirst, um dos nomes mais conhecidos da arte contemporânea, enfrentou diversas alegações de copiar o trabalho de outros artistas. Aconteceu com o crânio de diamantes, os armários de remédios ou as pinturas giratórias. Agora está a ser alvo de novas alegações, por causa da série de pinturas de flores de cerejeira, que foram dadas a ver na sua última grande exposição, na Fundação Cartier, em Paris, e que encerrou há poucas semanas.

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Ao longo dos anos o famoso artista britânico Damien Hirst, um dos nomes mais conhecidos da arte contemporânea, enfrentou diversas alegações de copiar o trabalho de outros artistas. Aconteceu com o crânio de diamantes, os armários de remédios ou as pinturas giratórias. Agora está a ser alvo de novas alegações, por causa da série de pinturas de flores de cerejeira, que foram dadas a ver na sua última grande exposição, na Fundação Cartier, em Paris, e que encerrou há poucas semanas.

O acusador é o artista e escritor inglês Joe Machine, que afirma que as pinturas de Damien Hirst são semelhantes às suas. “Vi as pinturas de flores de cerejeira de Hirst e, por um momento, pensei que estava a olhar para as minhas”, disse ao The Guardian. “O seu trabalho é muito parecido ao meu. Mas eu fiz as pinturas de flores de cerejeira antes dele.” Embora reconhecendo que as pinturas de Hirst não são cópias directas, Machine argumenta que “os galhos muito escuros, os céus azul-claros e as manchas de flor rosa” são muito semelhantes para serem apenas coincidência.

Há quem defenda a visão de Joe Machine, como o artista Charles Thomson, que realizou uma extensa pesquisa sobre Hirst em 2010, descrevendo-o como “um plagiador”, mas também quem a desvalorize, argumentando que a série reflecte cerejeiras em flor ao estilo de obras coloridas de muitos outros nomes da história da arte, de Claude Monet a Van Gogh ou Georges Seurat.

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Pinturas de Damien Hirst na recente exposição de Paris

Damien Hirst, que ganhou o Prémio Turner em 1995, e que é conhecido globalmente, terminou a série Cherry Blossom em Novembro de 2020. Depois de Paris, as pinturas serão exibidas no Japão a partir do próximo mês. Na altura, Hirst disse que o tema da exposição foi, em parte, inspirada pela memória da mãe, pintando uma cerejeira em flor, quando tinha apenas três ou quatro anos. Ao longo dos tempos, o artista sempre negou qualquer plágio, mesmo se afirmou em 2018, numa entrevista, embora de forma provocatória, “que todas as minhas ideias são roubadas, de alguma forma.”

Em 2000, chegou a pagar uma indemnização para evitar que lhe fosse interposta uma acção legal de direitos de autor pelos criadores de um brinquedo semelhante à sua escultura de bronze Hymn. Outro dos artistas que se sentiram lesados foi John LeKay, amigo de Hirst nos anos 1990 e que partilhava exposições com ele. Em 1993 já produzia crânios com jóias incrustadas e em 1987 pensou pregar numa cruz a carcaça de um carneiro. Hirst viria a fazer as suas famosas esculturas de animais como The Golden Calf em formol, ou Mother and Child Divided, que lhe deu o Turner, e a caveira cravejada de diamantes For the Love of God.

Outro caso conhecido é o da artista americana, Lori Precious, que alega usar asas de borboletas para criar padrões em vitrais desde 1994. Uma coisa é certa: as suas obras nunca atingiram os elevados valores de mercado que as peças de Hirst, como Faithless, também elas com borboletas em vidro.