Aproximar eleitores dos eleitos? PS abandona reforma do sistema eleitoral

Era uma das medidas inscritas nos programas eleitorais socialistas desde há muito, mas não consta do de 2022. Personalização na escolha dos deputados e círculo nacional de compensação ficam na gaveta. Nestas eleições, um em cada sete votos foram para o lixo.

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O sistema eleitoral português não é desproporcional, mas desperdiça milhares de votos Rui Gaudencio

Nas eleições de domingo passado, mais de 670 mil votos (um em cada sete) foram para o lixo, ou seja, não deram lugar à eleição de qualquer representante desses eleitores, segundo os cálculos do politólogo Luís Humberto Teixeira e do programador Carlos Afonso para o portal “O meu voto”. É como se a cidade de Lisboa inteira (545 mil habitantes) e grande parte da Amadora (171 mil) votassem em vão. Tudo porque, à falta de um círculo nacional de compensação, nos distritos mais pequenos apenas os partidos mais votados elegem deputados, desperdiçando todos os restantes votos.

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Nas eleições de domingo passado, mais de 670 mil votos (um em cada sete) foram para o lixo, ou seja, não deram lugar à eleição de qualquer representante desses eleitores, segundo os cálculos do politólogo Luís Humberto Teixeira e do programador Carlos Afonso para o portal “O meu voto”. É como se a cidade de Lisboa inteira (545 mil habitantes) e grande parte da Amadora (171 mil) votassem em vão. Tudo porque, à falta de um círculo nacional de compensação, nos distritos mais pequenos apenas os partidos mais votados elegem deputados, desperdiçando todos os restantes votos.