“Esta ópera mergulha na psique humana, nos sonhos, e não há que ter receio de abordar isso”
O regresso do compositor António Chagas Rosa ao mundo da ópera conduzido pelo visionário O Homem dos Sonhos de Mário de Sá-Carneiro está desta sexta-feira a domingo no S. Luiz, em Lisboa, e terá depois apresentações no Teatro Viriato, em Viseu e no Teatro Municipal da Guarda.
Desde a estreia de Melodias Estranhas, uma obra que colocava em cena Erasmo de Roterdão e Damião de Góis, encomendada por ocasião das Capitais da Cultura de 2001, Porto e Roterdão, que o compositor António Chagas Rosa (n. 1960) não abordava o género da ópera. Mas uma encomenda recente da Companhia Ópera do Castelo e da sua directora artística, Catarina Molder, trouxe-o de volta a este universo através de uma obra literária visionária que há muito o fascinava: o conto O Homem dos Sonhos, de Mário de Sá-Carneiro, com estreia marcada para esta noite (às 20h), no Teatro São Luiz, em Lisboa. Pelo meio tinha surgido um bem-sucedido conto musical encenado (As Feiticeiras, estreado em Marselha em 2006) e no passado tinha composto uma outra ópera de câmara, Cânticos para a Remissão da Fome, encomenda do ACARTE e estreada na Gulbenkian em 1994, mas também múltiplas composições vocais, que lhe permitiram explorar cumplicidades com a voz e com a poesia de autores como Bocage, Camilo Pessanha, Fernando Pessoa, Luís Miguel Nava, Natália Correia ou Maria Teresa Horta, entre outros.
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Desde a estreia de Melodias Estranhas, uma obra que colocava em cena Erasmo de Roterdão e Damião de Góis, encomendada por ocasião das Capitais da Cultura de 2001, Porto e Roterdão, que o compositor António Chagas Rosa (n. 1960) não abordava o género da ópera. Mas uma encomenda recente da Companhia Ópera do Castelo e da sua directora artística, Catarina Molder, trouxe-o de volta a este universo através de uma obra literária visionária que há muito o fascinava: o conto O Homem dos Sonhos, de Mário de Sá-Carneiro, com estreia marcada para esta noite (às 20h), no Teatro São Luiz, em Lisboa. Pelo meio tinha surgido um bem-sucedido conto musical encenado (As Feiticeiras, estreado em Marselha em 2006) e no passado tinha composto uma outra ópera de câmara, Cânticos para a Remissão da Fome, encomenda do ACARTE e estreada na Gulbenkian em 1994, mas também múltiplas composições vocais, que lhe permitiram explorar cumplicidades com a voz e com a poesia de autores como Bocage, Camilo Pessanha, Fernando Pessoa, Luís Miguel Nava, Natália Correia ou Maria Teresa Horta, entre outros.