Livre com melhores resultados em concelhos mais jovens

Partido de Rui Tavares foi melhor nos concelhos com mais jovens de 15 anos que tem o secundário e onde o poder de compra é superior à média nacional, revela portal EyeData, disponível no site da Lusa.

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Rui Tavares, líder eleito do Livre ao Parlamento EPA/ANDRÉ KOSTERS

Os concelhos onde o Livre, liderado por Rui Tavares, obteve melhores resultados nas eleições deste domingo caracterizam-se por serem mais jovens e com indicadores ambientais acima da média nacional, segundo dados do portal EyeData.

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Os concelhos onde o Livre, liderado por Rui Tavares, obteve melhores resultados nas eleições deste domingo caracterizam-se por serem mais jovens e com indicadores ambientais acima da média nacional, segundo dados do portal EyeData.

Neste portal, disponível em www.eyedata.pt/eleicoes/legislativas2022, os resultados eleitorais de cada partido por concelho ou distrito (no qual concorreu isolado ou em coligação) são divididos em três, permitindo ver qual o terço dos concelhos ou distritos em que cada partido obteve os melhores resultados, os piores resultados e o resultado médio. Esta análise concentra-se nos indicadores dos concelhos onde os resultados foram melhores.

No caso do Livre é possível verificar o seguinte:

  • Ambiente

Os concelhos onde o Livre obteve os melhores caracterizam-se por um alto grau de alojamentos servidos por drenagem de águas residuais (90,97%, que compara com a média nacional de 85,30).

Também a percentagem de resíduos urbanos preparados para valorização e reciclagem é superior nos concelhos onde o Livre obteve melhores resultados (51,10%, face à média nacional de 46,54%).

No mesmo sentido, as despesas municipais em ambiente são 7,11% superiores nos concelhos onde o Livre teve uma melhor performance, já que é de 9,56% das despesas municipais, face à média nacional de 8,50%.

  • Demografia

Nos concelhos onde o Livre teve melhor resultado, os núcleos familiares monoparentais são superiores, já que representam 16,43%, face a 15,08% a nível nacional.

O Livre obteve melhores resultados em concelhos em que a população residente com mais de 65 anos é inferior à média nacional (21,97% face a 22,29% a nível nacional).

Já a população residente em uniões de facto é superior nos concelhos onde o Livre teve uma melhor performance (8,30%, face à média nacional de 7,09%).

  • Economia

Nos concelhos onde o Livre obteve melhor resultado, o poder de compra “per capita” (por pessoa) é superior à média nacional (índice de 110,44 face a 100,22 a nível nacional).

Também o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem é superior à média nacional (1.290,39 euros, face a 1.207,01 euros a nível nacional).

Nos concelhos onde o Livre se saiu melhor, há mais empresas com actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas por 1.000 habitantes do que a nível nacional (4,45%, comparativamente à média nacional de 3,72%).

  • Educação

A percentagem de população com mais de 15 anos que tem o ensino secundário é superior à média nacional nos concelhos onde o Livre tem o melhor resultado (35,15% face a 30,53%). Esta tendência é repetida também na percentagem de empregadores com pelo menos o ensino secundário, já que a média nacional é de 54,66% e de 59,96% nos concelhos onde o Livre obtém melhor resultado.

Por outro lado, o número de estabelecimentos de ensino básico por 10.000 habitantes é inferior à média nacional (6,14 que comparam com 6,54 a nível nacional).

  • Sociedade

O número de centros de saúde por 100.000 habitantes é pouco mais de metade face à média nacional nos concelhos onde o Livre teve uma melhor performance, já que é de 8,15 e a média nacional é de 15,31.

Pelo contrário, o número de espectadores de cinema por 1.000 habitantes é bastante superior (520 face à média nacional de 369).

Por outro lado, o Livre obteve melhores resultados em concelhos onde a população em lugares com menos de 2.000 habitantes é inferior à média nacional (29,25% face a 43,89% a nível nacional).