IL e Chega conquistaram (sozinhos) mais votos em Lisboa do que o CDS no país

Partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos sofreu uma derrota histórica e tornou-se na sétima força política

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Francisco Rodrigues dos Santos falhou a sua eleição como deputado em Lisboa EPA/MANUEL DE ALMEIDA

A Iniciativa Liberal (IL) e o Chega conquistaram, sozinhos, mais votos em Lisboa do que o total registado pelo CDS em todo o país. O partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos sofreu uma derrota histórica, passando a ser a sétima força política e sem representação na Assembleia da República.

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A Iniciativa Liberal (IL) e o Chega conquistaram, sozinhos, mais votos em Lisboa do que o total registado pelo CDS em todo o país. O partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos sofreu uma derrota histórica, passando a ser a sétima força política e sem representação na Assembleia da República.

No círculo eleitoral de Lisboa, a IL foi o terceiro partido mais votado (a nível nacional ficou em quarto), com 93.341 votos, um número acima dos 86.578 votos obtidos pelo CDS em todo o território continental. Também o Chega arrecadou em Lisboa 91.889 votos, superando o resultado nacional do CDS. No mesmo círculo eleitoral, os centristas obtiveram apenas 19. 534 votos, menos de metade dos registados em 2019 - 48.502.

Pela primeira vez em 47 anos, o CDS não elegeu deputados à Assembleia da República. O partido fundado por Freitas do Amaral e Adelino Amaro da Costa obteve 1,61% dos votos a nível nacional, abaixo dos 4,25% conseguidos em 2019 na liderança de Assunção Cristas e que foi considerada uma derrota pesada. Nessas legislativas, o CDS somou 216.454 votos em todo o território, tornando-se a quinta força política, e elegeu cinco deputados. Francisco Rodrigues dos Santos era cabeça de lista em Lisboa, seguido pelo antigo líder do partido, José Ribeiro e Castro.

Na sua intervenção deste domingo à noite, Francisco Rodrigues dos Santos assumiu que o resultado é “mau”, pediu a demissão do cargo mas não deixou de lembrar que não teve “tréguas” dos opositores internos nos seus dois anos de liderança. O CDS terá um congresso electivo “em breve” e Rodrigues dos Santos não quis esclarecer se confirma a sua candidatura à liderança depois de, na recta final da campanha, já ter anunciado que tentaria um novo mandato.