Turistas estrangeiros voltaram a ficar abaixo dos portugueses em 2021

O sector do turismo recuperou no ano passado, mas está longe dos valores da pré-pandemia. Ao todo, houve 14,5 milhões de hóspedes nos alojamentos turísticos, abaixo dos números de 2013.

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Em 2021 voltou a haver mais turistas nacionais do que estrangeiros Miguel Manso

O sector do turismo teve uma recuperação no ano passado, em termos de hóspedes e de dormidas, e com mais turistas estrangeiros e portugueses, mas o sector ainda está bastante longe dos números de 2019, antes da pandemia de covid-19.

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O sector do turismo teve uma recuperação no ano passado, em termos de hóspedes e de dormidas, e com mais turistas estrangeiros e portugueses, mas o sector ainda está bastante longe dos números de 2019, antes da pandemia de covid-19.

De acordo com a estimativa rápida da actividade turística publicada esta segunda-feira, e que completa o ano de 2021, a maior recuperação, tanto em número de hóspedes como de dormidas, foi nos turistas estrangeiros, com mais 52%, chegando aos 5,9 milhões, e mais 53%, atingindo os 18,6 milhões, respectivamente.

Mesmo assim, e num sector que está dimensionado para a procura externa, estes dados voltaram a ficar abaixo dos números dos turistas residentes, que subiram 32% em hóspedes, para 8,6 milhões, e 38% em dormidas, para 18,8 milhões. Olhando para os estrangeiros, e excluindo o ano de 2020, é preciso recuar a 2004 para encontrar um ano com menos visitantes, e a 1993 para identificar um com menor número de dormidas.

Ao todo, de acordo com os dados preliminares do INE, os estabelecimentos de alojamento turístico “registaram 14,5 milhões de hóspedes e 37,5 milhões de dormidas, que se traduziram em aumentos de 39,4% e 45,2%”, recuando para valores que não se verificavam desde 2012 no caso dos hóspedes e desde 2009 no caso das dormidas. Comparando os dados de 2021 com os números de 2019, os hóspedes decresceram 46,4% e as dormidas diminuíram 46,6%.

O Reino Unido, diz o INE, “manteve-se como principal mercado emissor em 2021” nas dormidas, com 16,6% das efectuadas por não residentes. Seguiu-se o mercado espanhol com 14,3%, o alemão com 11,9% e o francês com 11,8%. No entanto, e de acordo com os dados mais recentes do Banco de Portugal, nos primeiros onze meses de 2021 os franceses lideram os gastos no território nacional, com 1765 milhões de euros (com destaque para os 615 milhões de Agosto), contra os 1298 milhões dos britânicos.

Todas as regiões turísticas do país cresceram no ano passado, com os Açores e Madeira a registarem as maiores recuperações, de 118,6% e de 79,8%, respectivamente. No entanto, todas estão abaixo dos níveis de 2019, com destaque para a Área Metropolitana de Lisboa, com -58,2%.