Processos por acidente de trabalho mortal cresceram mais de 50% em dois anos

Em 2020 deram entrada nos tribunais 727 comunicações de mortes classificadas como acidentes de trabalho mortais, mais 252 do que as 475 contabilizadas em 2018. Números são mais de cinco vezes superiores aos registados pela Autoridade para as Condições do Trabalho.

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O boom recente no sector da construção ajuda a explicar a subida dos números da sinistralidade Ricardo Castelo\Nfactos

Em 2020, deram entrada nos tribunais portugueses 727 processos por acidentes de trabalho mortais, mais 53% do que os 475 contabilizados dois anos antes. Face a 2017, a diferença seria ligeiramente maior, já que, nesse ano, entraram apenas 467 processos. Os números são dos relatórios que sintetizam a actividade do Ministério Público e destoam de forma significativa das estatísticas da Autoridade para as Condições do Trabalho, que, em 2020, contabilizou 132 acidentes de trabalho mortais. Os dados da ACT mostram, aliás, uma tendência inversa aos do Ministério Público, tendo vindo a diminuir nos últimos anos. Em 2018, a autoridade registou 161 acidentes de trabalho fatais e no ano seguinte 123.

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Em 2020, deram entrada nos tribunais portugueses 727 processos por acidentes de trabalho mortais, mais 53% do que os 475 contabilizados dois anos antes. Face a 2017, a diferença seria ligeiramente maior, já que, nesse ano, entraram apenas 467 processos. Os números são dos relatórios que sintetizam a actividade do Ministério Público e destoam de forma significativa das estatísticas da Autoridade para as Condições do Trabalho, que, em 2020, contabilizou 132 acidentes de trabalho mortais. Os dados da ACT mostram, aliás, uma tendência inversa aos do Ministério Público, tendo vindo a diminuir nos últimos anos. Em 2018, a autoridade registou 161 acidentes de trabalho fatais e no ano seguinte 123.