Metro de Lisboa com constrangimentos devido a muitos casos de infecção e isolamento

Casos positivos de covid-19 e isolamentos estão a provocar a supressão de comboios, atrasos e tempos de espera maiores no Metro de Lisboa. A transportadora garante que está a resolver o problema, mas a especificidade das funções dos trabalhadores do metro não permite a sua substituição.

Foto
20% dos maquinistas estão de baixa ou em isolamento Nicolau Botequilha

A Metropolitano de Lisboa divulgou esta semana que se verificam “constrangimentos ao nível da normal oferta de serviço” devido à quantidade de trabalhadores da empresa que se encontram em isolamento profiláctico ou infectados com covid-19. Só no caso dos maquinistas, 20% dos trabalhadores estão “em situações de baixa ou isolamento”, revelou a empresa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Metropolitano de Lisboa divulgou esta semana que se verificam “constrangimentos ao nível da normal oferta de serviço” devido à quantidade de trabalhadores da empresa que se encontram em isolamento profiláctico ou infectados com covid-19. Só no caso dos maquinistas, 20% dos trabalhadores estão “em situações de baixa ou isolamento”, revelou a empresa.

Esta terça-feira, a transportadora contabilizava 109 trabalhadores em isolamento profiláctico ou infectados com covid-19 nas áreas “da manutenção, operações, comercial e técnica”, num comunicado fornecido ao PÚBLICO. Isto, sem contar com os trabalhadores em situação de teletrabalho.

Devido à especificidade destas funções, que não são compatíveis com o teletrabalho, a empresa assume que não consegue substituir os colaboradores e “evitar que exista supressão de alguns comboios”, o que tem causado “atrasos no serviço de exploração e tempos de espera maiores do que o habitual”.

Contudo, garante que não existem “constrangimentos de maior”, já que “tem empenhado todos os esforços no sentido de tentar diluir os efeitos desta situação por toda a rede”, em particular, nas horas de ponta.

Para tal, a Metropolitano de Lisboa tem “criados cenários de oferta de serviço de acordo com a perspectiva de evolução pandémica”, que passam por utilizar as reservas existentes, adaptar as escalas, recorrer ao trabalho suplementar e aumentar o número de vigilantes nas estações.

Devido ao aumento de casos de covid-19, também a Carris teve de suspender carreiras e operar em horário de férias escolares no mês de Janeiro.