Este pintor que foi confundido com Velázquez e Zurbarán merece ser conhecido pelo próprio nome

Luigi Miradori, Il Genovesino, é uma daquelas descobertas que valem a pena. O Museu Nacional de Arte Antiga e a Fundação Gaudium Magnum mostram agora uma das muitas obras que fez em Cremona, a cidade onde encontrou o seu lugar. É pintura, mas podia ser cinema.

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Pormenor do Martírio de São João Damasceno de Luigi Miradori Jorge Simão/Fundação Gaudium Magnum

No primeiro plano, em tons escuros, há um amontoado de figuras, umas de rosto virado para o espectador, outras de costas, indiferentes a quem as observa, preocupadas apenas com o que se passa lá fora, onde o céu é de um azul claro capaz de distrair a atenção da crueza da cena que dá nome à pintura, o martírio de São João Damasceno. É ele que, já velho, acaba de ver o carrasco cortar-lhe a mão, a mando de um califa omíada que deu ouvidos a um imperador adverso ao uso de imagens para venerar Deus e os santos.

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No primeiro plano, em tons escuros, há um amontoado de figuras, umas de rosto virado para o espectador, outras de costas, indiferentes a quem as observa, preocupadas apenas com o que se passa lá fora, onde o céu é de um azul claro capaz de distrair a atenção da crueza da cena que dá nome à pintura, o martírio de São João Damasceno. É ele que, já velho, acaba de ver o carrasco cortar-lhe a mão, a mando de um califa omíada que deu ouvidos a um imperador adverso ao uso de imagens para venerar Deus e os santos.