Bob Dylan vende direitos de gravações à Sony e acrescenta novas datas à digressão norte-americana
Com este negócio, o músico e Nobel da Literatura passa a ser “um membro permanente da família Sony”, disse o CEO da empresa, Rob Stringer. A partir de Março, Bob Dylan andará em tour nos Estados Unidos e, em Maio, está prevista a abertura do museu dedicado ao seu trabalho, em Tulsa.
Enquanto se espera a inauguração, prevista para 10 de Maio, do Bob Dylan Center, um museu e arquivo do trabalho do músico norte-americano projectado pelo atelier Olson Kundig, o autor de Blowin’ in the wind vendeu à Sony Music Entertainment os direitos de gravação, que incluem os direitos de reprodução e de distribuição, de todas as suas canções.
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Enquanto se espera a inauguração, prevista para 10 de Maio, do Bob Dylan Center, um museu e arquivo do trabalho do músico norte-americano projectado pelo atelier Olson Kundig, o autor de Blowin’ in the wind vendeu à Sony Music Entertainment os direitos de gravação, que incluem os direitos de reprodução e de distribuição, de todas as suas canções.
O negócio aconteceu em Julho do ano passado, anunciou na segunda-feira o grupo Sony em comunicado, e incide sobre 60 anos de música, incluindo todas as canções que fazem parte do catálogo de Dylan, desde o seu primeiro álbum, datado de 1962, até Rough and Rowdy Ways, de 2020, bem como futuros lançamentos.
“A Columbia Records tem uma relação especial com Bob Dylan desde o início da sua carreira, e estamos orgulhosos e entusiasmados por a nossa parceria, que já dura há 60 anos, continuar a crescer e a evoluir”, afirma Rob Stringer, CEO da Sony Music Entertainment, neste comunicado. “Bob é um dos maiores ícones da música mundial e um artista de génio incomparável. O impacto que ele e suas gravações continuam a ter na cultura popular é inigualável e estamos empolgados por vê-lo tornar-se agora um membro permanente da família Sony Music. Entusiasma-nos trabalhar com Bob e a sua equipa para encontrarmos novas maneiras de disponibilizar as suas músicas não só para os muitos fãs que tem hoje como para as gerações futuras.” Segundo a Variety e a Billboard, o negócio está estimado em cerca de 200 milhões de dólares (176 milhões de euros).
Este é o segundo grande negócio feito pelo músico de 80 anos. Em Dezembro de 2020, Bob Dylan vendeu as suas mais de 600 canções à Universal Music por uma verba superior a 300 milhões de dólares (cerca de 248 milhões de euros).
Entretanto, Bob Dylan anunciou também novas datas para a Never Ending Tour, que tem concertos marcados a partir de 3 de Março nos Estados Unidos e está previsto que se prolongue até 2024. A digressão começa em Phoenix, no Arizona, e comemora o lançamento do seu mais recente álbum, Rough and Rowdy Ways.
A partir de Maio, o Bob Dylan Center, em Tulsa, vai mostrar ao público sete décadas de trabalho criativo do músico. Além de manuscritos com as letras de alguns dos seus temas mais populares, o acervo inclui gravações inéditas, performances em filmes que nunca foram tornadas públicas, fotografias raras ou nunca mostradas, peças de arte visual e outros “itens inestimáveis” que abrangem a carreira incomparável de Bob Dylan, uma das figuras mais reverenciadas e influentes da cultura popular do século XX. Desde 2016 que o arquivo de Bob Dylan, composto por cerca de seis mil itens que contemplam todas as fases da sua carreira, está em Tulsa.