O Plano B fez refresh e volta a dar música em 2022

Após ter fechado para obras, o espaço nocturno portuense, agora com outra gerência, abre de cara lavada e abraça um novo conceito: mais concertos e aposta em artistas da cidade, sem esquecer os internacionais.

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Paulo Pimenta

É já na próxima sexta-feira, 21 de Janeiro, que o Plano B, na Baixa do Porto, volta a escancarar as suas portas, depois de quase um mês fechado para obras. E, ao fim de 15 anos de actividade, com uma nova cara, também na gestão — Ricardo Costa, empresário de 36 anos, é o novo proprietário.

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É já na próxima sexta-feira, 21 de Janeiro, que o Plano B, na Baixa do Porto, volta a escancarar as suas portas, depois de quase um mês fechado para obras. E, ao fim de 15 anos de actividade, com uma nova cara, também na gestão — Ricardo Costa, empresário de 36 anos, é o novo proprietário.

“Tem sido a casa de referência no Porto, e eu quero reafirmar ainda mais essa posição”, diz ao P3, em relação à aquisição, ocorrida em Novembro. Como? Por exemplo, através da realização, com mais frequência, de concertos, um pouco como acontecia no início de vida do Plano B.

Para isso, houve a necessidade de investir em equipamento técnico e criar um ambiente “diferente” na sala Palco e, em simultâneo, aproveitou-se para mudar um pouco o interior do espaço, à semelhança do que já vai acontecendo na fachada, que precisa com regularidade de manutenção — afinal, o Plano B ocupa um edifício histórico na Rua Cândido dos Reis (“e também por isso muito bonito”, aponta Ricardo). “Não digo que foi juntar o útil ao agradável, mas unir as duas necessidades e conseguir, assim, fazer um refresh.

Agora, a galeria, no primeiro andar, é mais “acolhedora” e segue um conceito de lounge, “onde as pessoas podem beber um copo, conversar e apreciar boa música”. No andar inferior, quer o Cubo, quer o Palco foram alvo de uma mudança de decoração e têm agora melhores características de luz e som.

Uma nova vida para ver, ao vivo e a cores, este fim-de-semana, sensivelmente um mês depois do encerramento, a 24 de Dezembro, devido à restrição de funcionamento dos bares e discotecas, imposta pelo Governo. Começam por regressar as noites com Nuno Lopes (já a 28 de Janeiro) e DJ Vibe (a 26 de Março), que já eram regulares na casa, mas também os sets com David Moreira, que passa agora a DJ residente já a partir desta sexta-feira, noite do concerto dos Yakuza. O objectivo, resume Ricardo, passa por “valorizar os artistas da cidade e dar a conhecer nomes internacionais”.

A partir de Fevereiro, sabe-se que as noites de quinta-feira vão ter a curadoria da Kebraku na sala Palco. 12 de Fevereiro será a noite Disrupto em que os DJ que por norma tocam na sala Cubo passam a tocar no Palco — e vice-versa. Portanto, haverá concerto de Holy Nothing e sets de Ultra Flava e Xinobi e Moullinex de um lado, showcase da Príncipe Discos do outro, com Nigga Fox e Narciso.

Haverá ainda mês para receber Juan MacLean e Sam The Kid (a 18 de Fevereiro), celebrar o 10.º aniversário do primeiro álbum da Capicua (a 25 de Fevereiro) e conhecer o novo trabalho dos Linda Martini (a 28 de Fevereiro). À programação somam-se também nomes internacionais, como Massimiliano Pagliara e Byron The Aquarius, a 4 e 11 de Março, respectivamente, seguindo-se uma mostra da família da Monster Jinx (a 18 de Março). “No fundo”, espera Ricardo, “é um espaço com mais capacidade para oferecer uma melhor experiência aos clientes”.

Texto editado por Amanda Ribeiro