Dizemos muitas vezes que não deve descurar a importância da patine no cinema, e que essa marca — a marca de um tempo preciso — se torna frequentemente, em certos filmes, e passados alguns anos, o mais significativo. No fundo, talvez não seja mais do que uma reformulação daquela ideia célebre segundo a qual o tempo transforma o documentário em ficção e a ficção em documentário. Ou uma forma de dizer que os desígnios da relação do tempo com os filmes são misteriosos, e que muitas vezes chamar “datado” a um filme para o menorizar é um disparate — todos os grandes filmes são “datados”, transportam o seu tempo e nenhum outro (por mais amargos de boca que isso tenda a provocar, num altura em que é comum o choque de descobrir, através do cinema, que o passado não era tão airosamente moderno como o presente).
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Dizemos muitas vezes que não deve descurar a importância da patine no cinema, e que essa marca — a marca de um tempo preciso — se torna frequentemente, em certos filmes, e passados alguns anos, o mais significativo. No fundo, talvez não seja mais do que uma reformulação daquela ideia célebre segundo a qual o tempo transforma o documentário em ficção e a ficção em documentário. Ou uma forma de dizer que os desígnios da relação do tempo com os filmes são misteriosos, e que muitas vezes chamar “datado” a um filme para o menorizar é um disparate — todos os grandes filmes são “datados”, transportam o seu tempo e nenhum outro (por mais amargos de boca que isso tenda a provocar, num altura em que é comum o choque de descobrir, através do cinema, que o passado não era tão airosamente moderno como o presente).