Estás ou receias estar com covid-19? Médicos criam inquérito online para saberes o que fazer
Em colaboração com médicos de família, a Uphill criou uma ferramenta para esclarecer dúvidas perante um possível sintoma da covid-19. É uma plataforma interactiva, de livre accesso e com linguagem simples, dedicada à autogestão da doença.
Covid-19: e agora? é uma ferramenta interactiva gratuita que te diz o que fazer, passo a passo, caso tenhas sintomas, um teste positivo ou contacto com um caso confirmado de covid-19, através do preenchimento de um inquérito e segundo as normas da DGS.
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Covid-19: e agora? é uma ferramenta interactiva gratuita que te diz o que fazer, passo a passo, caso tenhas sintomas, um teste positivo ou contacto com um caso confirmado de covid-19, através do preenchimento de um inquérito e segundo as normas da DGS.
A plataforma está disponível online, no site da UpHill, uma startup dedicada ao desenvolvimento de software e conteúdo médico. A ideia surgiu por parte dos médicos de família utilizadores dos serviços da empresa que, devido à nova onda pandémica causada pela variante Ómicron, afirmam não ter mãos a medir na resposta às dúvidas de todos os utentes.
“O desafio que se colocou nas últimas semanas, com a plataforma Covid-19: e agora?, foi providenciar informação [sobre a covid-19] de uma forma simples e acessível ao cidadão, mas igualmente rigorosa”, explica David Rodrigues, médico de família e responsável pelo conteúdo médico da empresa, em entrevista ao P3.
A ferramenta foi lançada a 7 de Janeiro e, ao fim de cinco dias, contava já com “mais de 150 mil acessos”, o que “prova que havia efectivamente a necessidade” de a criar, afirma o médico. Bastou uma semana para materializar a ideia: “A facilidade que temos em adaptar o conteúdo à ferramenta de base que já tínhamos fez com que avançássemos tão rapidamente.”
Embora existam outras “ferramentas de follow up de sintomas”, para a equipa da UpHill este inquérito distingue-se pelo seu cariz interactivo e personalizado e tem também ajudado a melhorar a comunicação entre pacientes e médicos. “Muitas vezes esses contactos eram feitos de uma forma desorganizada porque as pessoas não mencionavam informação relevante, por exemplo, o dia do início dos sintomas, o que é essencial para definir os dias de isolamento”, explica David.
Para o médico, o trabalho científico é fundamental “naquilo que são as recomendações médicas à população”. “É preciso haver uma elevada confiança naquilo que estamos a recomendar”, sublinha, o que, aliás, o levou a juntar-se à equipa da startup, aquando do surgimento da pandemia da covid-19. Face às incertezas sobre este novo vírus, passou de acompanhar os conteúdos médicos da UpHill a assumir a pasta do controlo da divulgação de informação da empresa.
A nova plataforma também inclui uma “secção inteira referente às vacinas” onde “constam bastantes esclarecimentos sobre o que fazer em relação a um esquema de vacinação em atraso, por exemplo”. O médico esclarece que “o conteúdo é sempre operacional, na lógica de ‘o que fazer?’”: “Por exemplo, se quero saber onde, quando e como posso tomar a dose de reforço, a informação está lá.”
Texto editado por Amanda Ribeiro