Ílhavo cria laboratório dedicado ao envelhecimento para investigar mas também criar

Num só espaço, irão ser trabalhadas as áreas da investigação, conhecimento e criação. Autarquia conta com vários parceiros, nomeadamente universidades e entidades dos sectores da saúde e social.

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Os números não enganam: de acordo com os dados provisórios dos Censos de 2021, “Portugal tem hoje 2,4 milhões de pessoas com 65 anos ou mais, ou seja, mais 20,6% em relação a 2010”. A referência foi feita pelo presidente da Câmara de Ílhavo, João Campolargo, para justificar a importância do novo Laboratório do Envelhecimento, equipamento que irá actuar ao nível da investigação, conhecimento e criação. Este novo projecto municipal conta já com vários parceiros, entre os quais estão várias instituições de ensino superior. Num só espaço, localizado no centro da cidade de Ílhavo, irão “coabitar” investigadores, técnicos, seniores e artistas.

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Os números não enganam: de acordo com os dados provisórios dos Censos de 2021, “Portugal tem hoje 2,4 milhões de pessoas com 65 anos ou mais, ou seja, mais 20,6% em relação a 2010”. A referência foi feita pelo presidente da Câmara de Ílhavo, João Campolargo, para justificar a importância do novo Laboratório do Envelhecimento, equipamento que irá actuar ao nível da investigação, conhecimento e criação. Este novo projecto municipal conta já com vários parceiros, entre os quais estão várias instituições de ensino superior. Num só espaço, localizado no centro da cidade de Ílhavo, irão “coabitar” investigadores, técnicos, seniores e artistas.

Inaugurado esta segunda-feira, mas já em funcionamento desde finais de Novembro, este equipamento pretende ser “um precioso contributo para a política, o acompanhamento, a avaliação e as decisões de saúde pública com vista à promoção do envelhecimento saudável”, realçou o autarca, já depois de ter assinado um protocolo de colaboração com várias entidades parceiras. Universidade de Aveiro, Instituto Superior de Ciências da Informação e Administração, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Coimbra e o Politécnico de Leiria são as instituições de ensino superior envolvidas no projecto.

As expectativas passam por fazer deste um verdadeiro laboratório, que é, “por definição, um lugar de realização de experiências, trabalhos e investigações”. “É o lugar onde se realizam grandes transformações ou operações”, acrescentou o presidente da autarquia que tem vindo a desenvolver vários projectos na área do envelhecimento activo – disso são exemplo o Festival Cabelos Brancos e as Idolíadas, entre outros.

Espaço multifacetado

O Laboratório do Envelhecimento é composto de várias salas, cada uma delas com o seu próprio propósito. Há, por exemplo, um espaço dedicado à criação de produtos ou marcas pelas mãos de seniores e artistas – e que pretende ser o berço de uma incubadora social. Também foi reservado um espaço para a formação, com vista à aquisição e partilha de conhecimentos, e outro para a cultura, entre outras áreas de trabalho. Foi ali que já teve lugar, ao longo dos últimos dois meses, a iniciativa “Laboratório em Construção”, que fomentou conversas e oficinas para promover a reflexão sobre as necessidades sentidas em torno do envelhecimento populacional e potenciar a programação do espaço.

Entre as várias actividades que já têm data marcada, constam vários cursos e acções de formação, dedicados a temáticas como a diabetes, prevenção de quedas ou como envelhecer com humor. A agenda dos próximos meses também conta com vários projectos artísticos, estando igualmente a decorrer uma open call para artistas e realizadores. Segundo anunciou a autarquia, neste momento também já estão em curso alguns projectos de investigação, estando igualmente programadas algumas iniciativas de debate sobre trabalhos de investigação já concluídos.

“Como comunidade esta aposta é uma oportunidade. Temos de ser capazes de construir um mundo favorável aos maiores de idade, adoptando um olhar aberto à articulação sectorial, à multidisciplinaridade, à integração de serviços e à proximidade”, exortou João Campolargo.

Além das instituições académicas, o equipamento também já mereceu a atenção de organizações como o Centro de Saúde de Ílhavo, a Associação Apoio a Cuidadores de Pessoas Dependentes, a Mais Feliz - Associação Cultural e Social, a Associação Nacional de Gerontólogos e a Kentra Technologies.