Se “Chicão” morrer, morre de pé
Muita gente esteve-se nas tintas para o conteúdo do discurso de Francisco Rodrigues dos Santos e concentrou-se exclusivamente na forma, inconsciente de que ao fazer isso estava a tornar equivalentes os valores da democracia cristã conservadora aos valores da extrema-direita do Chega.
No país engravatado todo o ano e que se assoa à gravata por engano – como escrevia Alexandre O’Neill –, uma grande parte de comentadores decidiu tornar equivalente Francisco Rodrigues dos Santos a André Ventura depois do debate desta semana. É grave: ignoraram tudo o que Rodrigues dos Santos disse a Ventura, desqualificaram a defesa que fez do papel dos valores da democracia cristã contra a direita “xenófoba” e “racista” e decidiram confundir tudo, provando que o que às vezes mais importa ao debate político não são as ideias, mas a forma. Se Francisco Rodrigues dos Santos tivesse falado mais baixinho, talvez os comentadores percebessem. Mas o presidente do CDS fala alto e é bruto.
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No país engravatado todo o ano e que se assoa à gravata por engano – como escrevia Alexandre O’Neill –, uma grande parte de comentadores decidiu tornar equivalente Francisco Rodrigues dos Santos a André Ventura depois do debate desta semana. É grave: ignoraram tudo o que Rodrigues dos Santos disse a Ventura, desqualificaram a defesa que fez do papel dos valores da democracia cristã contra a direita “xenófoba” e “racista” e decidiram confundir tudo, provando que o que às vezes mais importa ao debate político não são as ideias, mas a forma. Se Francisco Rodrigues dos Santos tivesse falado mais baixinho, talvez os comentadores percebessem. Mas o presidente do CDS fala alto e é bruto.