Portugal regista em dois dias quase tantos casos como nos primeiros sete meses de pandemia
Há mais 64 pessoas internadas nos hospitais portugueses, contabilizando-se agora um total de 1699 pacientes hospitalizados com covid-19. Por outro lado, há menos cinco pessoas com a doença em unidades de cuidados intensivos, num total de 162. Recuperaram da doença mais 30 mil pessoas.
Portugal registou, na quarta-feira, 22 mortes e 40.134 novos casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2, de acordo com os dados mais recentes da Direcção-Geral da Saúde (DGS), divulgados esta quinta-feira.
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Portugal registou, na quarta-feira, 22 mortes e 40.134 novos casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2, de acordo com os dados mais recentes da Direcção-Geral da Saúde (DGS), divulgados esta quinta-feira.
Este é o segundo dia consecutivo em que o número de novos casos ultrapassa os 40 mil, depois de o país ter atingido na terça-feira um novo máximo diário com 40.945 infecções. Significa isto que só nos últimos dois dias, foram registados 81.079 casos — em 2020, Portugal levou sete meses a chegar a um total acumulado de 81.256 casos confirmados (a 7 de Outubro), depois de terem sido detectados os primeiros casos a 2 de Março.
A região de Lisboa e Vale do Tejo soma 40% dos novos casos reportados a nível nacional, tendo registado mais 16.062 infectados. Já a região Norte contabiliza mais 14.866 casos (37%). O Centro registou mais 4232 infectados no último dia, seguindo-se o Alentejo com mais 1255 novos casos e o Algarve com mais 1219 infecções. Os Açores reportaram mais 540 casos e a Madeira mais 1960.
Há mais 64 pessoas internadas nos hospitais portugueses, contabilizando-se agora um total de 1699 pacientes hospitalizados com covid-19. Por outro lado, há menos cinco pessoas com a doença em unidades de cuidados intensivos, num total de 162.
Na última reunião de peritos no Infarmed, a especialista Raquel Duarte defendeu que deve ser traçado um limite de 70% da linha vermelha de internamentos nos cuidados intensivos — o que corresponde a 179 internamentos da linha vermelha de 255 internamentos —, de acordo com uma média a cinco dias, e que o R(t) deve permanecer abaixo de 1. A especialista sugeriu que fossem aplicadas medidas quando esses limites forem ultrapassados.
Recuperaram da doença mais 30.041 pessoas, contabilizando-se agora um total de 1.468.309 recuperados. Há ainda a registar mais 10.071 casos activos de infecção, num total de 286.965 — este número resulta da subtracção do total de recuperados e de óbitos ao total de casos positivos.
Dos 22 óbitos registados nas últimas 24 horas, 12 foram na zona de Lisboa e Vale do Tejo, seis no Norte, três no Centro e um nos Açores. Entre as vítimas mortais contabiliza-se uma mulher entre 40 e 49 anos; um homem entre 50 e 59 anos; um homem entre 60 e 69 anos; três homens e uma mulher pertenciam à faixa etária entre os 70 e 79 anos; e dez homens e cinco mulheres tinham 80 anos ou mais.
No total, o país contabiliza 19.203 óbitos por covid-19 e 1.774.477 casos confirmados desde Março de 2020.
Portugal encontra-se no quadrante mais escuro da matriz de risco que monitoriza a evolução da situação epidemiológica no país.
Segundo a actualização mais recente, divulgada na quarta-feira pela DGS, o índice de transmissibilidade do vírus — designado por R(t) — desceu para 1,23 a nível nacional e no continente. Já a incidência subiu para 3615,9 a nível nacional e 3615,3 casos de infecção por cada 100 mil habitantes em território continental. Estes indicadores habitualmente são actualizados às segundas, quartas e sextas.
A incidência corresponde ao número de pessoas infectadas com o coronavírus SARS-CoV-2 (que causa a doença covid-19) por cada 100 mil habitantes. Já o índice de transmissibilidade — R(t) — corresponde ao número de pessoas que são, em teoria, contagiadas por alguém com a infecção activa.