Covid-19. Nasceu o bebé de grávida ligada à ECMO no Hospital São João. Santiago está bem e respira sem apoio
Santiago nasceu com 2420 gramas e encontra-se bem. Grávida de 34 semanas, com covid-19 e não vacinada, estava desde sexta-feira ligada a um dispositivo de circulação extracorporal essencial ao tratamento de doentes graves.
A grávida que está ligada ao dispositivo ECMO, no Serviço de Medicina Intensiva do Hospital de São João, no Porto, teve esta quarta-feira o bebé, informou o hospital. O parto foi feito por cesariana programada e o bebé nasceu às 12h20.
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A grávida que está ligada ao dispositivo ECMO, no Serviço de Medicina Intensiva do Hospital de São João, no Porto, teve esta quarta-feira o bebé, informou o hospital. O parto foi feito por cesariana programada e o bebé nasceu às 12h20.
Santiago nasceu com 2420 gramas e encontra-se bem, informaram os responsáveis do hospital esta quinta-feira. Um primeiro teste à covid-19 deu resultado negativo, mas será feito um segundo teste.
“É altamente improvável que evolua para positivo, mas vamos realizar um segundo teste”, disse na manhã desta quinta-feira o director de Neonatologia, Henrique Soares, numa conferência de imprensa no hospital. “Nasceu bem, com bom peso para a idade gestacional. Está a respirar sozinho sem qualquer apoio”, acrescentou ainda.
A mãe, com 35 anos, “continua com covid-19 grave”, em estado “estável” e ligada à ECMO. “Está acordada, colaborante e bem-disposta”, mas ainda precisa de estar ligada à ECMO, informou entretanto coordenador de Medicina Intensiva, Roberto Roncon.
Também a directora de obstetrícia, Marina Moucho, explicou o que levou à decisão de avançar com a cesariana. “Foi uma questão de pesar as vantagens e inconvenientes de ele continuar dentro da mãe, que está sujeita a esta medicação toda. E a vantagem que teria para a mãe o facto de não ter a sobrecarga da gravidez.”
Esta grávida de 34 semanas, com covid-19 e não vacinada, estava desde sexta-feira no Hospital São João ligada à ECMO, um dispositivo de circulação extracorporal essencial ao tratamento de doentes graves, disse este sábado à Lusa fonte daquela unidade hospitalar.
Desde o início da pandemia, o Hospital São João contabilizou três grávidas com covid-19 em ECMO. As duas primeiras foram salvas. Um dos bebés não sobreviveu – tinha 29 semanas.
O maior hospital da zona norte teve também, neste período, cinco grávidas não covid-19 ligadas à ECMO.